A embaixada da China na Gr?-Bretanha condenou energicamente nesta segunda-feira o Canal 4 da Gr?-Bretanha por sua recente transmiss?o de um documentário intitulado "COVID vazou de um laboratório na China?"
"Este documentário tenta desafiar o consenso da comunidade internacional e dos cientistas em todo o mundo sobre o rastreamento de origens, vendendo especula??es infundadas e boatos. Está cheio de distor??o, e faz alus?o e propaga a teoria da conspira??o do vazamento do laboratório em Wuhan, China", disse um porta-voz da embaixada. "Nós nos opomos firmemente e condenamos fortemente a esta reportagem falsa e n?o científica que serve apenas para ajudar na manipula??o política."
A embaixada chinesa instou fortemente o Canal 4 a "respeitar a ética e a conduta profissional, e cobrir o rastreamento das origens de forma objetiva e justa".
"A propaganda de desinforma??o que distorce fatos e confunde o certo e o errado deve parar para que o público n?o seja enganado e a mídia n?o seja transformada em uma ferramenta das for?as anti-China para manipula??o política e dissemina??o de desinforma??o", disse o porta-voz.
Em mar?o deste ano, a Organiza??o Mundial da Saúde (OMS) divulgou oficialmente o Relatório Conjunto da equipe de estudos conjuntos OMS-China, que fornece as conclus?es mais confiáveis, profissionais e baseadas em ciência sobre o rastreamento de origens, dizendo que a introdu??o da COVID-19 por meio de um acidente laboratorial é "extremamente improvável" e que é importante investigar os casos iniciais em diferentes países. O relatório também apresentou recomenda??es específicas para futuros estudos de rastreamento das origens.
O porta-voz reiterou que a posi??o da China sobre o rastreamento global de origens da COVID-19 é consistente e clara.
Primeiro, o rastreamento das origens é uma quest?o de ciência. Deve e só pode ser deixado aos cientistas para identificar, através de pesquisas científicas, a fonte zoonótica do vírus e as rotas de transmiss?o animal-humana. Nenhum país tem o direito de colocar seus próprios interesses políticos acima da vida das pessoas, nem deve uma quest?o de ciência ser politizada com o propósito de difamar e atacar outros países.
Em segundo lugar, as conclus?es e recomenda??es do relatório de estudo conjunto OMS-China s?o amplamente reconhecidas pela comunidade internacional e pelos cientistas, e devem ser respeitadas e implementadas por todas as partes, incluindo a OMS. O trabalho futuro do rastreamento global de origens irá e deve proceder a partir dessa base, em vez de reinventar a roda.
Em terceiro lugar, a China apoiou o tempo todo e continuará a participar dos esfor?os baseados em ciência para o rastreamento de origens. O que a China se op?e é politizar o rastreamento de origens, ou rastreamento de origens que vai contra a resolu??o da Assembleia Mundial da Saúde (AMS) e desconsidera o relatório do estudo conjunto.
Em quarto lugar, o secretariado da OMS deve agir conforme a resolu??o da AMS, realizar uma consulta completa com os Estados-membros sobre o plano de trabalho para o rastreamento global das origens, incluindo o mecanismo de acompanhamento, e respeitar plenamente as opini?es dos Estados-membros. O plano para rastreamento das origens envolvendo um determinado país deve ser decidido por meio de consultas com o país em quest?o, pois isso fornece a base para uma coopera??o efetiva.