O plenário do Senado brasileiro aprovou na noite desta quarta-feira, por 47 votos a 32, a indica??o de André Mendon?a para ocupar a vaga em aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) desde julho, com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.
A vota??o secreta foi realizada pouco depois de que a Comiss?o de Constitui??o e Justi?a (CCJ) do Senado aprovou a indica??o do ex-ministro da Justi?a e ex-Advogado-Geral da Uni?o por 18 votos a 9, levando a decis?o para o plenário.
Mendon?a, que também é pastor licenciado da Igreja Presbiteriana do Brasil, foi o segundo ministro do STF indicado pelo presidente Jair Bolsonaro que o definiu como "terrivelmente evangélico" e enfrentou uma sabatina de mais de oito horas antes da aprova??o de seu nome.
O novo membro do STF, que deverá tomar posse ainda este ano, foi aprovado depois de quatro meses de espera até que o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre, decidisse agendar a sabatina e pela margem de votos mais apertada entre todos os demais 10 juízes atuais da Suprema Corte.
Apoiado pela a chamada 'Frente Parlamentar Evangélica' do Congresso, Mendon?a assumiu o compromisso perante os senadores com o 'n?o ativismo' em sua atua??o no STF e com a n?o ingerência entre poderes e, entre outras respostas, afirmou sua defesa do Estado laico, uma preocupa??o de vários dos membros da CCJ.
"Considerando discuss?es havidas em fun??o de minha condi??o religiosa, fa?o importante ressaltar minha defesa do Estado laico. Na vida, a Bíblia. No Supremo, a Constitui??o", ressaltou
No entanto, em sua primeira declara??o à imprensa após a confirma??o de seu ingresso na Suprema Corte, destacou seu lado religioso: "A primeira rea??o foi dar glórias a Deus por essa vitória. é um passo para um homem, mas na história dos evangélicos do Brasil é um salto".