O Ministério das Rela??es Exteriores da China anunciou que recebeu pedidos de visto de oficiais dos Estados Unidos para participar nos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing 2022 e os processará de acordo com as práticas internacionais padr?o, regulamentos relevantes e o princípio de reciprocidade.
O porta-voz do ministério, Zhao Lijian, confirmou essa inten??o na segunda-feira em uma coletiva de imprensa diária, depois de relatos que o governo dos EUA recentemente apresentou à China um pedido de visto de três meses com uma lista de 18 nomes para participar nos Jogos, bem como garantias de seguran?a e apoio médico aos atletas estadunidenses.
Zhao disse que, sem receberem convites e num ato de manipula??o política, os EUA "dirigiram e encenaram a farsa de n?o enviar uma delega??o diplomática ou oficial aos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing".
"Uma vez mais, pedimos aos EUA que sigam o espírito olímpico na prática, evitem politizar os esportes e cessem as palavras e atos err?neos que perturbem ou prejudiquem os Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing", disse Zhao.
Zhao rejeitou ainda os comentários feitos pelo primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, dizendo que "n?o se enquadram nos fatos e est?o repletos de mal-entendidos e erros de cálculo em rela??o à China".
Em uma entrevista no sábado, Trudeau afirmou que a China estava "jogando" os países ocidentais uns contra os outros, acrescentando que essas na??es deveriam "mostrar uma frente única" contra a cada vez mais "diplomacia coercitiva" de Beijing.
"A diplomacia da China é honesta. A China nunca se envolve em provoca??es ou coer??o", rebateu Zhao. Pelo contrário, "a China foi vítima da diplomacia coercitiva dos EUA", acrescentou.
Os EUA planejaram o "incidente Meng Wanzhou" em uma tentativa de suprimir e conter o desenvolvimento das indústrias de alta tecnologia da China, disse Zhao.
"Um punhado de países liderados pelos EUA interfere sem escrúpulos nos assuntos internos da China, nas quest?es relacionadas a Hong Kong e Xinjiang, em nome da democracia e dos direitos humanos, tentando impor as suas 'regras' à China. é uma diplomacia totalmente coerciva", disse.
Zhao enfatizou que as rela??es entre a China e o Canadá atravessam uma encruzilhada e Ottawa deve pensar com clareza se vê a China como parceira ou adversária.
"Esta é uma quest?o fundamental sobre o futuro dos la?os bilaterais que o Canadá deve ponderar como responder", prosseguiu.
Zhao exortou Ottawa a descartar as perce??es err?neas da China e a encarar o país de maneira objetiva e racional.
"O Canadá deve substituir sua perce??o errada da China por uma vis?o objetiva e racional, adotar uma política chinesa positiva e pragmática (...) e trazer as rela??es bilaterais de volta ao caminho certo do desenvolvimento", concluiu.