
As contas do governo brasileiro registraram em janeiro um superavit primário de 76,5 bilh?es de reais (US$ 15 bilh?es), um aumento de 59,4% já descontada a infla??o sobre o resultado de janeiro do ano passado, informou na quinta-feira o Tesouro Nacional.
Foi o melhor resultado entre todos os meses da série histórica iniciada em 1997, segundo dados da secretaria vinculada ao Ministério da Economia.
As contas do governo central incluem os resultados do Tesouro, da Previdência Social e do Banco Central.
O saldo positivo de janeiro foi superior à média das expectativas do mercado, que indicavam um saldo positivo de 44 bilh?es de reais (US$ 8,625 bilh?es) de acordo com a pesquisa Prima Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Economia.
O deficit acumulado das contas públicas no mês foi de 9,7 bilh?es de reais (US$ 1,9 bilh?o), o equivalente a 0,02% do Produto Interno Bruto (PIB), menor deficit acumulado desde meados de 2014.
De acordo com o Tesouro, o resultado de janeiro é fruto do aumento real da receita líquida de 18,2%, com destaque para o avan?o da arrecada??o -- a Receita Federal registrou recorde na arrecada??o de tributos federais no mês de janeiro.
As despesas totais também cresceram 2,2%. O Tesouro diz que isso ocorreu pelo pagamento de benefícios do Auxílio Brasil, que somaram 7,2 bilh?es de reais no mês. Em contrapartida, houve redu??o real de 2 bilh?es de reais nos gastos com pessoal e encargos sociais.
Otávio Ladeira, subsecretário do Tesouro, disso que, este ano, o cumprimento da chamada "regra de ouro" está sob controle e que provavelmente, "n?o haverá necessidade de uma solicita??o de crédito suplementar ao Congresso".
A regra de ouro é uma emenda constitucional que limita emiss?o da dívida para cobrir os gastos correntes do governo.