O principal diplomata da China, Yang Jiechi, se reuniu com o conselheiro de seguran?a nacional dos EUA, Jake Sullivan, na capital italiana de Roma, na segunda-feira, elaborando a posi??o da China sobre a situa??o na Ucrania e pedindo à comunidade internacional que apoie conjuntamente as negocia??es de paz Rússia-Ucrania.
Os dois lados também tiveram discuss?es construtivas sobre as rela??es China-EUA e concordaram em implementar conjuntamente o consenso alcan?ado pelos dois chefes de Estado na administra??o das diferen?as.
Embora alguns meios de comunica??o dos EUA tenham descrito a reuni?o de 7 horas como intensa, cobrindo uma ampla gama de quest?es, incluindo a situa??o da Ucrania e os la?os China-EUA, a Casa Branca resumiu a reuni?o em uma leitura de 80 palavras. Alguns especialistas chineses disseram que, embora a reuni?o de alto nível entre altos funcionários chineses e norte-americanos tenha sido um sinal positivo para o mundo em um momento t?o turbulento, há ainda grandes divergências entre os dois lados, principalmente em suas posi??es em rela??o à crise na Ucrania.
Os dois lados concordam em implementar conjuntamente o consenso alcan?ado pelos dois chefes de Estado, aumentar o entendimento, gerenciar diferen?as, expandir o consenso e fortalecer a coopera??o, de modo a acumular condi??es para trazer as rela??es China-EUA de volta ao caminho de um desenvolvimento sólido e estável.
O alto diplomata chinês disse que o presidente Xi Jinping prop?s o respeito mútuo, a coexistência pacífica e a coopera??o ganha-ganha como os três princípios no desenvolvimento das rela??es China-EUA na nova era, a qual tra?ou o caminho para o desenvolvimento dos la?os bilaterais. Yang disse que o presidente dos EUA, Joe Biden, respondeu dizendo que os EUA n?o buscam uma nova Guerra Fria ou mudar o sistema da China, nem se opor?o à China por meio do fortalecimento de alian?as, n?o apoiar?o a "independência de Taiwan" ou buscar?o o confronto com a China.
"Um grande consenso alcan?ado pela reuni?o de Yang com Sullivan foi continuar a comunica??o sobre as quest?es de interesse mútuo e também controlar as principais divergências", disse Li Haidong, professor do Instituto de Rela??es Internacionais da Universidade de Rela??es Exteriores da China.
"Dada a leitura da Casa Branca, podemos ver que os EUA só se preocupam com as suas quest?es centrais, mas a China atribuiu muita aten??o aos seus interesses centrais. Há uma grande divergência no fato dos EUA esperarem que a China resolva a crise na Ucrania", disse Li, observando que for?ar Beijing a aceitar a posi??o dos EUA durante as negocia??es reflete a mentalidade de Washington.
A reuni?o durou pelo menos sete horas, segundo alguns relatos da mídia dos EUA, que também foi descrita como intensa, pois a posi??o da China sobre o conflito Rússia-Ucrania foi colocada sob os holofotes. Um alto funcionário dos EUA foi citado em um relatório da Reuters na segunda-feira dizendo: "Temos profundas preocupa??es sobre o alinhamento da China com a Rússia neste momento, e o conselheiro de seguran?a nacional foi direto sobre essas preocupa??es e as possíveis implica??es e consequências de certas a??es".
Todas as partes devem exercer a máxima conten??o, proteger os civis e evitar uma crise humanitária em larga escala, disse Yang, acrescentando que a China forneceu assistência humanitária de emergência à Ucrania e continuará seus esfor?os para esse fim.
Ele também enfatizou que a China se op?e firmemente a quaisquer palavras e a??es que divulguem informa??es falsas, distor?am e difamem a posi??o da China.
Embora a quest?o da Ucrania tenha sido uma prioridade para os EUA durante a reuni?o de ter?a-feira para pressionar a China a a tomar uma posi??o, parece que a tentativa n?o teve sucesso, disse Wu Xinbo, reitor do Instituto de Estudos Internacionais da Universidade Fudan, ao Global Times na ter?a-feira.
"N?o apenas a posi??o da China permaneceu inalterada, mas também refutou rumores e informa??es falsas que os EUA estavam espalhando. Isso significa que o objetivo dos EUA para esta reuni?o falhou", disse Wu.
Dentro das rela??es China-EUA, Yang enfatizou que a quest?o de Taiwan diz respeito à soberania e integridade territorial da China. O atual governo dos EUA prometeu aderir à política de Uma Só China e n?o apoiar a "independência de Taiwan", mas suas a??es s?o obviamente inconsistentes com suas declara??es, disse ele.
Especialistas observaram que vale a pena notar que, quando Yang falou sobre as rela??es China-EUA, ele levantou particularmente a quest?o de Taiwan, pois após a eclos?o do conflito entre a Rússia e a Ucrania, muitos meios de comunica??o ocidentais têm exaltado a relevancia da quest?o da Ucrania com a quest?o de Taiwan, mas ambos s?o fundamentalmente diferentes.
"A quest?o de Taiwan é o principal interesse e preocupa??o da China, portanto, devemos enfatizar esse ponto para os EUA nesse momento. Isto também demonstra que a China está muito insatisfeita com as posi??es do governo Biden em rela??o à quest?o de Taiwan", disse Wu.