O conselheiro de Estado e ministro das Rela??es Exteriores da China, Wang Yi, disse nesta ter?a-feira que a China está defendendo o multilateralismo verdadeiro e está disposta a construir quatro parcerias com os países islamicos.
Ao discursar na 48a sess?o do Conselho dos Ministros das Rela??es Exteriores da Organiza??o para a Coopera??o Islamica, Wang disse que a China está pronta para construir quatro parcerias de solidariedade, desenvolvimento, seguran?a e civiliza??o com os países islamicos em um mundo cheio de turbulências e transforma??es.
Primeiramente, a constru??o de uma parceria de solidariedade e coordena??o. A China e os países islamicos devem se apoiar na prote??o da soberania, independência e integridade territorial, e dar suporte uns aos outros na explora??o de um caminho de desenvolvimento adequado a suas próprias condi??es nacionais, salientou Wang.
Eles também devem se apoiar na defesa de seus legítimos interesses de desenvolvimento e interesses comuns dos países em desenvolvimento.
Em segundo lugar, a constru??o de uma parceria de desenvolvimento e revitaliza??o. A China fornecerá 300 milh?es de doses de vacina contra a COVID-19 aos países islamicos para ajudá-los a combater a pandemia, prometeu Wang. Ambos os lados devem se unir para construir o Cintur?o e Rota e implementar a Iniciativa de Desenvolvimento Global de alta qualidade a fim de contribuir para a realiza??o dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030.
Terceiro, a constru??o de uma parceria de seguran?a e estabilidade. A China continuará apoiando os países islamicos a resolverem as quest?es do mundo com sabedorias islamicas, e a segurarem a chave da estabilidade e da paz em suas próprias m?os, garantiu Wang. A China está pronta para promover a solu??o abrangente e justa da quest?o palestina com base na Solu??o de dois Estados.
O país apoia o Afeganist?o na forma??o de um governo inclusivo e na obten??o de estabilidade na governan?a, de modo a iniciar uma nova era de paz e reconstru??o.
A China encorajará a Rússia e a Ucrania a continuarem as negocia??es de paz para um cessar-fogo e a colocarem fim ao conflito até que a paz seja alcan?ada. Devem ser feitos esfor?os para evitar um desastre humanitário e evitar a repercuss?o da crise da Ucrania, que pode afetar ou prejudicar os direitos e interesses legítimos de outras regi?es e países, ressaltou.
Em quarto lugar, a constru??o de uma parceria de aprendizado mútuo entre civiliza??es. A China se op?e à cria??o de divis?o e confronto através da cria??o de limites com base na ideologia, disse Wang, acrescentando que o país também é contra as ideias de "superioridade de uma civiliza??o" e "choque de civiliza??es".
Ambos os lados também devem aprofundar sua coopera??o no combate preventivo ao terrorismo e na desradicaliza??o, e se opor ao duplo padr?o na luta antiterrorismo e a vincular o terrorismo a uma na??o ou religi?o específica, apontou ele.
Observando que a amizade é a tendência dominante das rela??es entre a China e os países islamicos, a igualdade é a base da comunica??o mútua dos dois lados e o benefício mútuo é o alvo da coopera??o mútua, Wang fez três propostas para promover ainda mais a comunica??o.
Em primeiro lugar, a China e os países islamicos devem sempre manter o respeito e a confian?a mútua e acomodar as principais preocupa??es uns dos outros. A China nunca esquecerá o firme apoio dos países islamicos na restaura??o de seu assento legal nas Na??es Unidas e, em troca, sempre apoiou o mundo islamico em sua preocupa??o central com a quest?o palestina, lembrou Wang.
Em segundo lugar, os dois lados devem sempre manter a unidade e a assistência mútua e trabalhar juntos para a realiza??o do desenvolvimento comum. A constru??o conjunta do Cintur?o e Rota serviu como uma ponte e uma liga??o entre os dois lados para o desenvolvimento e a prosperidade. A China assinou documentos de coopera??o com 54 países islamicos sobre quase 600 grandes projetos, trazendo resultados tangíveis aos povos dos dois lados, destacou.
Em terceiro lugar, a China e os países islamicos devem sempre aprender uns com os outros e salvaguardar a diversidade das civiliza??es no mundo. Os dois lados devem se basear na sabedoria da longa civiliza??o um do outro, acrescentou.