O ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira que a COVID-19 n?o acabou nem deve acabar nos próximos meses, o que significa que será necessário aprender a "conviver com o vírus".
Em entrevista à imprensa, Queiroga deu detalhes sobre a medida anunciada no domingo que vai encerrar a Emergência Sanitária de Importancia Nacional (Espin) para enfrentar a pandemia.
"A COVID n?o acabou e n?o acabará, pelo menos no momento. E temos que conviver com esta doen?a. Felizmente, parece que o vírus tem perdido for?a, diminuindo sua letalidade e a cada dia, se vislumbra um período pós-pandêmico mais próximo para todos", afirmou.
Segundo Queiroga, do ponto de vista sanitário, o Brasil cumpre todos os requisitos para decretar o fim da Espin e confirmou que o governo publicará nos próximos dias um ato normativo para regularizar a decis?o.
Entre os pontos necessários para a ado??o da medida, o ministro destacou a queda de mortes pela doen?a, a ampla cobertura vacinal e a capacidade do Sistema único de Saúde (SUS) para atender a demanda e assegurou que nenhuma política pública será interrompida com o fim da emergência de importancia nacional.
O Ministério da Saúde solicitou à Agência Nacional de Vigilancia Sanitária (Anvisa) que mantenha a autoriza??o para o uso emergencial dos insumos utilizados no combate à COVID-19, como as vacinas e medicamentos, por um ano.
Além disso, pediu que a Anvisa mantenha a prioridade de análises de solicita??o de registro desses insumos, como tem feito desde o início da pandemia.
A emergência sanitária foi decretada no Brasil em fevereiro de 2020, poucos dias depois da Organiza??o Mundial da Saúde (OMS) declarou uma emergência internacional de saúde pública.
A norma permitiu que o governo e as autoridades estaduais e municipais tomassem medidas como o obrigatório de máscaras e a autoriza??o de emergência para as vacinas.
Com o fim da Espin, o Ministério da Saúde estima que mais 2 mil normas cair?o em todo o país.
A OMS ainda n?o reavaliou a situa??o de emergência internacional relacionada à COVID-19.