A China se op?e firmemente à interferência dos Estados Unidos nos assuntos internos da China sobre quest?es relacionadas ao Tibete sob o pretexto da liberdade religiosa, disse na ter?a-feira o porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores, Wang Wenbin.

Wang fez as declara??es em uma coletiva regular de imprensa em resposta a uma declara??o emitida pelo Departamento de Estado dos EUA, que pede a China que revele o paradeiro e o bem-estar da "reencarna??o" do Panchen Lama.

O porta-voz afirmou que o governo chinês segue as políticas de liberdade de cren?a religiosa, incluindo o respeito e a prote??o da reencarna??o dos Budas Vivos, uma institui??o de heran?a no budismo tibetano.

"Para a reencarna??o do Dalai Lama, o Panchen Lama e outros grandes Budas Vivos, foi estabelecida uma série completa de métodos e procedimentos ao longo dos séculos, e os rituais religiosos e as conven??es históricas, assim como as leis chinesas, devem ser obedecidos neste processo", indicou Wang.

Ao assinalar que o 14o Dalai Lama é um separatista anti-China sob o manto da religi?o, Wang disse que há 27 anos, quando esteve no exterior, o Dalai Lama tomou a liberdade de declarar que um menino era a reencarna??o do Panchen Lama para realizar propaganda política separatista anti-China em detrimento dos rituais religiosos e em desacato às conven??es históricas.

"Isto é ilegal e inválido", sublinhou Wang, acrescentando que o suposto menino reencarnado n?o é mais que um cidad?o chinês comum que leva uma vida normal. Ele e sua família n?o querem que sua vida seja perturbada por outros.

Wang disse que a parte estadunidense deve compreender e respeitar plenamente seus desejos, ao invés de aproveitar a oportunidade para realizar manipula??es políticas, atacar e desacreditar a China.

"Se os Estados Unidos realmente se preocupam com os direitos humanos e a liberdade religiosa, por que realizaram uma limpeza étnica geral e sistemática dos índios americanos, que conduziram a seu genocídio cultural?", perguntou Wang. "A parte norte-americana deve dar uma explica??o convincente", acrescentou.