As acusa??es sobre a China para assumir responsabilidades pela crise da Ucrania s?o absurdas, disse nesta sexta-feira o vice-ministro chinês das Rela??es Exteriores, Le Yucheng.
Ao discursar em um diálogo online de think tanks globais de 20 países, ele apontou que algumas pessoas fizeram alega??es infundadas sobre a crise da Ucrania, distorceram a posi??o da China e tentaram fazer a China assumir a culpa por suas próprias a??es.
Le destacou que algumas pessoas distorceram as palavras da recente declara??o conjunta China-Rússia e interpretaram mal "a amizade n?o tem limites e a coopera??o n?o tem áreas proibidas" para acusar que a China tinha "conhecimento prévio" da opera??o militar especial da Rússia na Ucrania e até mesmo a "endossou". Concluíram, portanto, que a China deve ser responsabilizada pelo conflito.
"Isso é absurdo", recha?ou Le, acrescentando que o país n?o está envolvido no conflito e muito menos foi aquele que o criou. Ent?o, como a China pode ser responsável?
Le observou que a rela??o entre a China e a Rússia é baseada nos princípios da n?o-alian?a, n?o-confronto e n?o-alinhamento de terceiros, e n?o está sujeita à influência de terceiros. A descri??o de "sem limites" e "sem áreas proibidas" captura o estado atual e as perspectivas futuras dos la?os China-Rússia.
"A verdade é que a China deseja rela??es amigáveis com todos os países e nós nunca estabelecemos nenhum limite de coopera??o, nem vemos necessidade de fazê-lo", explicou ele.
Em resposta à acusa??o de que a China estava do lado errado da história por n?o se juntar aos Estados Unidos e outros países ocidentais para condenar e sancionar a Rússia, Le salientou que, desde que o conflito Rússia-Ucrania eclodiu, a China tem se comprometido com os propósitos e princípios da Carta das Na??es Unidas e com o princípio da seguran?a indivisível.
"Nós defendemos a justi?a e a imparcialidade e fizemos esfor?os ativos para incentivar as conversa??es de paz e fornecer ajuda humanitária. A China n?o tem machado para romper ou qualquer agenda geopolítica sobre esta quest?o", garantiu ele.
Le ressaltou que por algum tempo, os Estados Unidos continuam flexionando seus músculos às portas da China, criando grupos exclusivos contra o país e inflamando a quest?o de Taiwan para testar os limites chineses.
"Se esta n?o é uma vers?o da ásia-Pacífico da expans?o da OTAN para o leste, ent?o o que é? Tal estratégia, se n?o for controlada, traria consequências horríveis e empurraria a ásia-Pacífico para a beira de um abismo", afirmou ele.
Le enfatizou que a China está comprometida com o desenvolvimento pacífico e busca a harmonia, solidariedade e coopera??o na regi?o. O país nunca foi provocador ou causador de problemas. N?o faz sentido apontar para a China. A tentativa de "copiar e colar" a crise da Ucrania na ásia-Pacífico está condenada ao fracasso.