A senadora Simone Tebet, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que será a candidata presidencial da chamada "terceira via", disse nesta quarta-feira que representará o centro democrático nas elei??es gerais de outubro.

Em entrevista à imprensa em Brasília, dois dias depois do ex-governador de S?o Paulo, Jo?o Doria, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) retirar sua candidatura, Tebet disse esperar que essa agremia??o decida apoiá-la.

"Estou pronta, estou preparada, o centro democrático passará ao segundo turno e ganhará as elei??es", afirmou. "O Brasil clama pelo centro democrático", enfatizou.

Tebet celebrou o fato de ser pouco conhecida pelo eleitorado, o que significa ter uma rejei??o baixa e assegurou que vencerá a polariza??o entre o presidente Jair Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT).

Segundo a senadora, sua estratégia será apresentar propostas para enfrentar os problemas mais urgentes da popula??o, como a fome, a infla??o e o desemprego.

Um dos pontos chaves de sua campanha será explorar o fato de ser a única candidata mulher nas elei??es presidenciais deste ano em um partido competitivo. Ela prometeu formar um ministério composto igualmente por homens e mulheres em um eventual governo.

Tebet também se comprometeu com as agendas liberais na economia, dizendo que sua história mostra que, como senadora, foi a favor da reforma trabalhista, da reforma da previdência social e do estabelecimento de um teto para os gastos públicos.

Com rela??o a sua baixa performance nas inten??es de voto até o momento, ela disse: "eu era um risco (nas pesquisas), cheguei a ter 1% e agora tenho 2%, aumentei 200%".

De acordo com as últimas pesquisas, o ex-presidente Lula lidera a preferência dos eleitores, somando entre 40% e 43% das inten??es de voto, seguido por Bolsonaro, entre 32% e 35%, e Ciro Gomes, do Partido Democrático Trabalhista. Os outros candidatos somados n?o superam os 5%.

A possibilidade de uma "terceira via" foi acalentada por diversas for?as políticas para quebrar a polariza??o entre os dois principais candidatos, mas nenhum dos nomes propostos conseguiu despertar o interesse dos eleitores.

Além do ex-governador Doria, o ex-juiz e ex-ministro da Justi?a Sérgio Moro chegou a criar expectativas, mas sua candidatura n?o decolou e ele, finalmente, decidiu se retirar da disputa.

Os nomes que ser?o apresentados oficialmente para disputar a presidência do Brasil nas elei??es de outubro ser?o inscritos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre julho e agosto, depois das conven??es nacionais dos partidos.