Um porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores chinês disse nesta quarta-feira que o Quadro Econ?mico Indo-Pacífico (IPEF, em inglês), liderado pelos EUA, é um projeto de interrup??o da coopera??o regional e uma ferramenta de coer??o dos países da regi?o.

O porta-voz Wang Wenbin fez as observa??es em uma coletiva de imprensa diária, em resposta a uma consulta sobre as recentes alega??es das autoridades americanas de que o chamado IPEF se tornaria uma plataforma importante para os EUA e os países do Indo-Pacífico para melhorar os la?os econ?micos e fornecer à regi?o uma alternativa à China.

Como os Estados Unidos alegaram que o quadro irá ajudá-lo a "vencer a competi??o do século 21", Wang disse que isso prova plenamente que o quadro em primeiro lugar pretende servir à economia dos EUA.

Observando que os EUA estiveram ausentes da coopera??o econ?mica ásia-Pacífico nos últimos anos, Wang apontou que o IPEF proposto pelos EUA está apenas come?ando as coisas novamente para servir a seus próprios interesses.

Ao mesmo tempo, Wang disse que o quadro visa avan?ar nas estratégias geopolíticas dos EUA. O acordo, que pratica a exclus?o sob o pretexto de coopera??o, visa estabelecer regras comerciais lideradas pelos EUA e reestruturar sistemas de cadeia industrial, com o objetivo de desocupar países regionais da economia chinesa, acrescentou.

Embora muitos países regionais estejam incluídos no quadro, Wang disse que é indiferente ao nível de desenvolvimento e às necessidades reais desses países. "N?o inclui acordos como isen??o de direitos aduaneiros ou acesso ao mercado, mas for?a todos os países a aceitar o chamado alto padr?o pelos Estados Unidos."

A regi?o ásia-Pacífico é um terreno de desenvolvimento pacífico e n?o deve se tornar um tabuleiro de xadrez de disputa geopolítica, disse Wang, acrescentando que qualquer iniciativa propícia ao desenvolvimento regional deve ir em consonancia com os princípios de abertura, inclus?o e coopera??o de ganho mútuo, em vez de criar divis?o e confronto.

A China está disposta a trabalhar com os países regionais para praticar o multilateralismo real e forjar uma economia regional aberta, para construir conjuntamente um lar ásia-Pacífico melhor, acrescentou Wang.