Após nove meses de constru??o e planejamento, a Zona de Coopera??o Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin tem atualmente um esquema mais concreto na procura por rela??es próximas com os países de língua portuguesa (PLPs).
Em primeiro de junho foi inaugurado o Centro de Coopera??o Internacional de Investimento e Comércio Sino-Português (CCIICSP), um consórcio visando promover investimentos e comércio entre a Grande área da Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e o mundo lusófono. Logo depois da abertura da sede em Guangzhou, capital da Província de Guangdong, Dário Silva, empresário português e presidente do centro, decidiu estender o projeto para a zona de coopera??o em Hengqin, na cidade de Zhuhai.
"Em Hengqin, abriremos num futuro muito próximo uma sucursal do CCIICSP. Já estamos em conversa??es com as autoridades locais de forma a estruturar o projeto", revelou ele à Xinhua.
Segundo Silva, o processo é "simples" e as autoridades locais "est?o bastante interessadas e d?o benefícios" a empresas da esfera comercial sino-portuguesa que se estabele?am em Hengqin.
Numa reuni?o realizada em abril entre a China e os países do mundo lusófono, o ministro do Comércio chinês destacou o apoio à constru??o de um centro comercial internacional China-PLPs em Hengqin e afirmou que avan?aria com o processo. Além disso, no mesmo mês, um gabinete de coopera??o fiscal com países e regi?es da língua portuguesa entrou em opera??o na zona, o primeiro deste tipo na China.
Para Dário Silva, a vis?o do CCIICSP é operar como uma plataforma de apoio a este plano nacional da China e buscar talentos qualificados, empresas de língua portuguesa, bem como parcerias com organiza??es em Macau, cujo objetivo é transformar Hengqin em "um alicerce forte nas rela??es sino-portuguesas."
Em abril, o ent?o diretor da comiss?o provincial de desenvolvimento e reforma de Guangdong, afirmou à imprensa que a zona deve continuar a "linha principal" para promover a diversifica??o econ?mica adequada de Macau e criará um novo sistema para a abertura integral de alta qualidade Hengqin-Macau.
Ele também mencionou que Hengqin aderirá às quatro indústrias principais, incluindo pesquisa e desenvolvimento de tecnologia e manufatura avan?ada, medicina tradicional chinesa, turismo cultural, exposi??es e comércio, e finan?as modernas, conforme determinado prudentemente pelo plano, com o objetivo de melhor integrar a zona e a regi?o administrativa especial.
"Quando falamos de expectativas sobre o futuro, acho que existe um futuro muito promissor. Hengqin tem três vezes a área de Macau, tem políticas delineadas para desenvolvimento de negócios e poderá ajudar em muito a esperada diversifica??o da economia de Macau", disse Carlos Cid álvares, CEO do Banco Nacional Ultramarino (BNU), institui??o portuguesa com uma história de 120 anos em Macau e que hoje se concentra principalmente em negócios na regi?o.
"Acredito muito nesse futuro próspero", disse ele. "Por isso apostamos já há cinco anos na abertura de uma sucursal do BNU em Hengqin e estamos satisfeitos com os resultados alcan?ados."
