A China pediu nesta quarta-feira ao Grupo dos Sete (G7) que pare de atacá-la e difamá-la e cesse todas as formas de intromiss?o nos assuntos internos do país, após uma declara??o recente emitida em uma cúpula do G7 ter feito acusa??es injustificadas sobre quest?es relacionadas à China.
Observando que a declara??o do G7 propagou a narrativa "democracia versus autocracia" e instigou a confronta??o, o porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores chinês, Zhao Lijian, disse que isso prova plenamente que o G7 n?o tem inten??o de conduzir diálogo e coopera??o com base na igualdade e no respeito. Em vez disso, segundo ele, eles est?o aderindo à mentalidade da Guerra Fria e ao preconceito ideológico, recorrendo à política do bloco com base nos interesses de seus "pequenos grupos".
Sobre os assuntos de Hong Kong, Zhao afirmou que, desde que Hong Kong voltou à pátria, os direitos democráticos e liberdades desfrutados pelos moradores de Hong Kong de acordo com a lei foram totalmente garantidos. O governo chinês governou Hong Kong de acordo com a Constitui??o da República Popular da China e a Lei Básica da Regi?o Administrativa Especial de Hong Kong.
"Manchados por todos os lados, esses países n?o est?o em posi??o de ser um 'professor' em quest?es de direitos humanos, e ainda menos têm o direito de usar os direitos humanos como ferramenta política para interferir nos assuntos internos de outros países", acrescentou.
Falando em uma coletiva de imprensa diária, Zhao apontou que há apenas uma China no mundo e Taiwan é uma parte inalienável do território da China. As atividades separatistas da "independência de Taiwan" e a tentativa de certos países de "usar Taiwan para conter a China" s?o a maior amea?a à paz e à estabilidade através do Estreito de Taiwan, acusou.
"A China tem o direito de tomar todas as medidas necessárias para salvaguardar resolutamente a soberania e a seguran?a nacional", acrescentou Zhao.
O porta-voz disse que seu país sempre seguiu diligentemente os propósitos e princípios da Carta das Na??es Unidas, defendendo firmemente a paz e o desenvolvimento mundiais, bem como a seguran?a e a estabilidade regionais, em contraste óbvio com os Estados Unidos, que travaram guerras em todo o mundo e frequentemente recorreram a san??es unilaterais.
Em rela??o ao G7, que ganhou os maiores dividendos de desenvolvimento com a globaliza??o, Zhao disse que eles deveriam ter assumido responsabilidades especiais para promover a globaliza??o e o crescimento econ?mico mundial, bem como resolver dificuldades econ?micas globais. No entanto, nesta conjuntura crucial da resposta à COVID-19 e da recupera??o econ?mica, eles est?o empenhados em criar divis?o e confronta??o.
"O que tenho que salientar é que a popula??o dos países do G7 corresponde a apenas cerca de um décimo do total global. Eles n?o est?o em posi??o de representar o mundo inteiro, e ainda menos têm o direito de tomar seus próprios valores e padr?es como internacionalmente universais", avaliou Zhao.
A China insta o G7 a assumir sinceramente suas devidas responsabilidades, implementar suas devidas obriga??es internacionais e salvaguardar o verdadeiro multilateralismo, acrescentou Zhao.