O Rock in Rio, considerado como o maior festival de música do mundo, está de volta a partir desta sexta-feira ao Rio de Janeiro, com cerca de 250 shows programados para os sete dias do evento, no qual se espera a presen?a de 700.000 pessoas.

Após dois anos sem ser realizado por causa da pandemia da COVID-19, o Rock in Rio regressa à cidade onde nasceu em 1985 para sua nona edi??o no Brasil e vigésima primeira no mundo.

Na edi??o deste ano, com maratonas musicais programadas para os dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro, as atra??es principais de cada um desses dias ser?o, respectivamente, Iron Maiden, Post Malone, Justin Bieber, Guns N'Roses, Green Day, Coldplay e Dua Lipa.

O festival come?a nesta sexta-feira com a noite de rock mais pesado, na qual as atra??es do palco principal ser?o os grupos Sepultura, Gojira, Iron Maiden e Dream Theater, e termina no domingo da outra semana com uma jornada mais pop, na qual as estrelas do Palco Mundo ser?o Dua Lipa, Megan Thee Stallion, Rita Ora e a brasileira Ivete Sangalo.

Além dos cerca de 670 artistas que apresentar?o ao todo 507 horas de shows, o público de 100.000 pessoas por noite poderá desfrutar de outras atra??es, como as já clássicas montanhas russas, roda-gigante e tirolesa.

Esta edi??o também traz brinquedos mais radicais: o Discovery, que eleva 40 passageiros em movimentos circulares, atingindo altura total de 20 metros; e o Megadrop, um elevador que proporciona uma queda livre em alta velocidade.

Para justificar o slogan escolhido para a nona edi??o, "O maior e melhor Rock in Rio de todos os tempos", os organizadores aumentaram o espa?o da chamada "Cidade do Rock" para 385.000 metros quadrados para reduzir as aglomera??es.

Esta expans?o também busca evitar protestos e conflitos em um Rock in Rio que se realizará pela primeira vez em plena campanha das elei??es presidenciais mais polarizadas da história do Brasil.

"N?o haverá espa?o (para protestos). O reencontro (dos espectadores) após a pandemia tem mais peso do que qualquer desencontro. A música n?o tem lado. A música n?o vai resolver o Brasil fraturado, mas descomprimirá e garantirá um momento de respira??o para todos os grupos", afirmou o presidente do Rock in Rio, Roberto Medina.

O festival, que desde 2017 se celebra no Parque Olímpico construído para os Jogos Olímpicos da Rio 2016, aproveitará os diferentes ginásios para montar atra??es paralelas.

A Arena 2 foi convertida em um teatro gigantesco onde será encenado o musical "Uirapuru", de 25 minutos e que, em suas quatro apresenta??es diárias, conta a fábula do pássaro amaz?nico que realiza os desejos de quem escuta seu canto.

Este musical, que segundo os organizadores, é "do nível dos da 'Broadway'", terá no palco uma cascata artificial de 40 metros de extens?o da qual cair?o 200.000 litros de água por hora.

E na Arena 3 foi montada a chamada NAVE, um projeto que combina experiências audiovisuais e apresenta??es musicais para destacar a importancia ecológica da Amaz?nia.

No Palco Sunset, um cenário paralelo para diálogos musicais, se apresentar?o os máximos expoentes do rap brasileiro, como Racionais MCs, Emicida, que dialogará com a estrela da música gospel, Priscilla Alcantara, e Criolo, cujo show contará com a participa??o da artista cabo-verdiana Mayra Andrade.

Outro cenário, o Espa?o Favela, terá shows de representantes do funk, rap e trap que surgiram nas comunidades pobres do Brasil e hoje s?o destaques nas plataformas musicais.