Uma funcionária da equipe médica prepara remédios para pacientes de acordo com a prescri??o em uma clínica de febre no distrito de Weiyang em Xi'an, província de Shaanxi, noroeste da China, em 20 de dezembro de 2022. (Foto: Xinhua)
As cidades chinesas est?o se preparando para picos de infe??es por Covid-19 adicionando leitos de cuidados intensivos e expandindo a capacidade de clínicas de febre antes da movimenta??o do Ano Novo Chinês em janeiro.
Os preparativos ocorreram depois que as autoridades centrais eliminaram muitos requisitos de teste e isolamento em novembro, na tentativa de coordenar o crescimento econ?mico com o controle de surtos das subvariantes Omicron altamente contagiosas, porém menos letais.
As autoridades de saúde da província de Jiangxi informaram que as infe??es atingir?o um clímax no início de janeiro, acrescentando que pode haver outros picos, já que as pessoas viajam no final do próximo mês para as comemora??es do Festival da Primavera. Elas alertaram que a estimativa é de que a onda de infe??es dure três meses e cerca de 80% dos 45 milh?es de habitantes da província sejam infetados.
Funcionários da província de Hainan disseram na sexta-feira (23) que o número de casos estava "escalando rapidamente" na ilha tropical. Muitos estudantes, trabalhadores migrantes e turistas viajar?o durante os feriados do Ano Novo e do Festival da Primavera, o que acelerará a propaga??o do vírus.
Um oficial de saúde em Qingdao, província de Shandong, estimou que até 530.000 residentes estejam sendo infetados diariamente e afirmou que a velocidade de propaga??o da doen?a continua aumentando.
Hefei, capital de Anhui, disse que seu pico de infe??es foi atingido no domingo (25), antes do resto da província, devido à maior densidade populacional e mobilidade das pessoas na área metropolitana. As autoridades de Zhejiang informaram no mesmo dia que o número diário de casos ultrapassou 1 milh?o.
O aumento iminente de casos de Covid-19 e o aumento potencial de pacientes gravemente enfermos levaram as autoridades locais a expandir ainda mais o número de unidades de terapia intensiva e clínicas de febre.
O Mecanismo Conjunto de Preven??o e Controle do Conselho de Estado divulgou este mês duas circulares pedindo aos hospitais de primeiro e de segundo nível, bem como aos hospitais designados para tratamento de Covid-19, que adicionem mais leitos de UTI antes do final de dezembro e construam mais clínicas de febre nas cidades e aldeias.
As circulares estipulavam que os leitos de cuidados intensivos em hospitais de terceiro nível – os melhores no sistema de classifica??o hospitalar da China – representem nada menos que 4% do total. Um extra de 4% deve estar de prontid?o para o tratamento de pacientes gravemente enfermos. As clínicas de febre devem ser estabelecidas em 90% dos hospitais municipais e comunitários até mar?o.
A província de Zhejiang anunciou recentemente que seus leitos de cuidados intensivos em hospitais designados superavam o padr?o nacional. No entanto, continuaria atualizando os leitos fora da UTI para que a província possa lidar melhor com um possível aumento de casos graves. Funcionários de Anhui disseram que a província atingiu a meta estabelecida pelas autoridades nacionais na quarta-feira (21).
A corrida para construir essas instala??es levou a um suprimento limitado de máquinas de monitoramento de respira??o e eletrocardiograma, de acordo com o Nanfang Metropolis Daily.
O governo municipal de Beijing informou recentemente que o número de clínicas de febre da cidade aumentou de 94 para quase 1.300, por meio de métodos como utiliza??o de quartos pré-fabricados e transforma??o de centros esportivos em hospitais improvisados. Shanghai tem 2.600 dessas clínicas e transferiu médicos de departamentos médicos menos sobrecarregados para auxiliar.
Enquanto isso, a Comiss?o Nacional de Saúde da China (CNS) disse no domingo que deixará de publicar dados de infe??o e entregará a tarefa ao Centro Chinês de Controle e Preven??o de Doen?as.
Liang Wannian, especialista sênior da comiss?o, observou que a China está dando " pequenos passos, porém contínuos" para otimizar sua estratégia contra a Covid-19.