A popula??o da China caiu no ano passado pela primeira vez em cerca de seis décadas, anunciando um período de crescimento negativo, mas especialistas e autoridades afirmaram que isso n?o afetaria imediatamente a for?a de trabalho do país, e a situa??o da oferta de m?o de obra continua positiva.

Eles também enfatizaram a necessidade de implementar políticas de incentivo mais robustas para incentivar o parto, a fim de contrariar a crescente tendência de envelhecimento e evitar um súbito declínio acentuado da popula??o.

A popula??o geral do país asiático caiu 850.000 em rela??o ao ano anterior, para pouco mais de 1,41 bilh?o em 2022, informou o Departamento Nacional de Estatísticas na ter?a-feira (17).

"O declínio foi causado principalmente por uma diminui??o no número de recém-nascidos, bem como pela menor vontade de ter filhos, atrasos em se casar e ter filhos e a popula??o cada vez menor de mulheres em idade reprodutiva", observou Kang Yi, chefe do departamento.

Cerca de 9,56 milh?es de bebês nasceram no ano passado, abaixo dos 10,62 milh?es em 2021. A taxa de natalidade ficou em 6,77 nascimentos para cada 1.000 pessoas em 2022, abaixo dos 7,52 em 2021.

Ambas as taxas do ano passado foram as mais baixas da história, segundo dados da agência.

Enquanto isso, a taxa de mortalidade em todo o país asiático foi de 7,37 para cada 1.000 pessoas no ano passado, colocando a taxa de crescimento natural em 0,6 negativo para cada 1.000 pessoas, relatou o departamento.

"O crescimento negativo da popula??o é um resultado natural do desenvolvimento socioecon?mico, e muitos países est?o passando por esse processo", disse Kang durante entrevista coletiva realizada pelo Gabinete de Informa??o do Conselho de Estado da China.

Ele acrescentou que o declínio deve persistir, mas n?o há necessidade de enfatizar demais a situa??o.

"A chave para a quest?o demográfica é combinar o tamanho e a estrutura da popula??o com o sistema industrial", disse ele. "Atualmente, nossa oferta de trabalho ainda excede a demanda, e uma popula??o em queda n?o significa necessariamente que nosso dividendo demográfico está perdido".

Kang acrescentou que a qualidade da m?o de obra e o nível de educa??o do país est?o melhorando e s?o compatíveis com o desenvolvimento industrial. "Temos uma situa??o positiva de oferta de m?o de obra", afirmou.