A porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores da China, Mao Ning, disse na segunda-feira em uma coletiva de imprensa regular que os EUA n?o podem exigir a comunica??o e coopera??o da China enquanto continuam interferindo nos assuntos internos da China e prejudicando os interesses chineses.

O comentário de Mao surge após o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA mencionar repetidamente a próxima visita do secretário Blinken à China, dizendo que sua equipe discutirá com a China como "gerenciar a concorrência com responsabilidade e intensificar a coopera??o em desafios transnacionais", tendo sido também levantadas preocupa??es sobre quest?es relacionadas a Taiwan, fentanil, Ucrania e Península Coreana.

Mao disse que nas crescentes rela??es com os Estados Unidos, a China segue os três princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e coopera??o de benefício mútuo, acrescentando que a China continua comprometida em defender sua soberania, seguran?a e interesses de desenvolvimento em simultaneo.

"A China n?o foge ou recua diante da concorrência, mas somos contra cingir todas as rela??es China-EUA à concorrência e recorrer à competi??o como desculpa para conter e suprimir a outra parte", disse ela.

Mao disse que a China está pronta para uma comunica??o bilateral e multilateral e coopera??o com o lado dos EUA, com base no respeito mútuo, igualdade e vantagens recíprocas, mas os Estados Unidos n?o podem exigir a comunica??o e a coopera??o da China enquanto continuam interferindo nos seus assuntos internos e prejudicando seus interesses.

Mao apontou ainda que a quest?o de Taiwan está no centro dos interesses da China, é a base da funda??o política das rela??es China-EUA e é a linha vermelha número um que n?o deve ser cruzada.

"Em nenhum momento os Estados Unidos devem tentar cruzar essa linha vermelha", disse.

Observando que a China é o primeiro país do mundo a classificar oficialmente substancias relacionadas ao fentanil como uma classe, Mao disse que a China tem participado ativamente na coopera??o internacional antidrogas no ambito das conven??es da ONU, acrescentando que, no entanto, a capacidade antinarcóticos da China foi seriamente prejudicada pelas san??es dos EUA às institui??es chinesas relevantes.

“Somos firmemente contra essas san??es e exortamos os Estados Unidos a refletir sobre seus esfor?os inadequados no combate às drogas, em vez de desviar a culpa”, disse Mao.

Ela mencionou também que a China está empenhada em alcan?ar um acordo político e trazer as partes à mesa nas quest?es ucraniana e coreana, e vai contra qualquer retórica ou a??o que possa alimentar as tens?es e piorar a situa??o.

"Esperamos que os Estados Unidos trabalhem com a China e deixem que as intera??es China-EUA sejam definidas pelo diálogo e pela coopera??o mutuamente benéficas, e n?o pelo confronto e competi??o de soma zero, e cumpram os importantes entendimentos comuns alcan?ados pelos dois chefes de Estado para devolver as rela??es bilaterais ao caminho do crescimento saudável e estável", acrescentou Mao.