Wang Yi, membro do Bir? Político do Comitê Central do Partido Comunista da China e diretor do Escritório da Comiss?o de Rela??es Exteriores do Comitê Central do PCCh. (Foto: Xinhua)
O diplomata sênior chinês Wang Yi disse na quarta-feira (22) que a China encorajou e apoiou todos os esfor?os conducentes a uma solu??o pacífica para a crise na Ucrania e promoveu ativamente a desescalada da situa??o, ao encerrar uma viagem de uma semana pela Eurásia.
A viagem, que o levou a quatro países da Uni?o Europeia e à Rússia, ocorreu quando a crise na Ucrania se aproximava de seu primeiro aniversário, que cai na sexta-feira.
Com a crise na Ucrania ocorrendo na Europa e influenciando o mundo inteiro, Wang, membro do Bir? Político do Comitê Central do Partido Comunista da China e também diretor do Escritório da Comiss?o de Rela??es Exteriores do Comitê Central do PCCh, disse que o acordo sobre a crise n?o deve ser adiada indefinidamente.
Ele pediu à Europa que pense cuidadosamente sobre "quais condi??es devem ser criadas para um cessar-fogo, qual estrutura é necessária para trazer paz e estabilidade duradouras na Europa e qual papel a Europa deve desempenhar para refletir verdadeiramente sua autonomia estratégica".
à margem da Conferência de Seguran?a de Munique, na Alemanha, Wang se reuniu com líderes e diplomatas de mais de 10 países, incluindo o ministro das Rela??es Exteriores da Ucrania, Dmytro Kuleba. Durante sua visita, ele também dialogou com o presidente russo, Vladimir Putin, a respeito da quest?o da Ucrania.
Wang disse que todas as partes, embora divididas em suas posi??es, apreciam a postura objetiva e calma da China e esperam que Beijing desempenhe um papel mais ativo na solu??o política da quest?o.
A China apresentará em breve um documento de posi??o sobre uma solu??o política para a crise na Ucrania, afirmou Wang, acrescentando que o documento reiterará a posi??o da China e incorporará as preocupa??es legítimas de todos os países.
Como é uma forte aspira??o dos povos de todos os países tornar o mundo um lugar mais seguro, Wang disse que nenhum país tem o privilégio de seguir seu próprio caminho no mundo e se envolver em padr?es duplos ou excepcionalismo. Ele também enfatizou que quaisquer práticas hegem?nicas, dominadoras ou intimidadoras devem ser rejeitadas.
Tendo escolhido a Europa como seu primeiro destino no exterior este ano, Wang pediu que a China e a UE removam as perturba??es externas, gerenciem adequadamente as diferen?as e intensifiquem os intercambios e a coopera??o.
Ele acredita que isso injetaria estabilidade valiosa na turbulenta situa??o internacional e seria de grande importancia na promo??o de uma solu??o política para a quest?o da Ucrania, disse ele.
Wang destacou que as rela??es China-UE s?o de importancia "global e estratégica", explicando que os dois s?o parceiros, n?o rivais, e representam oportunidades em vez de amea?as um ao outro.
Wang também disse que os intercambios profundos do presidente Xi Jinping com os líderes da UE por meio de conversas presenciais, reuni?es virtuais e telefonemas mais de 20 vezes no ano passado desempenharam um papel estratégico importante no avan?o dos la?os China-UE.
Enquanto isso, como a dire??o e o impacto das rela??es China-Estados Unidos v?o muito além do escopo dos la?os bilaterais e dizem respeito à paz e seguran?a mundiais, Wang instou Washington a mostrar sinceridade e enfrentar e reparar os danos às rela??es sino-americanas devido ao abuso de for?a contra o dirigível n?o tripulado chinês que acidentalmente entrou no espa?o aéreo dos EUA e foi abatido pelos militares dos EUA em 4 de fevereiro.
Durante uma reuni?o n?o oficial com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, no sábado (18), à margem da Conferência de Seguran?a de Munique, Wang instou Washington a "parar de fazer coisas t?o absurdas por necessidades políticas domésticas".
Ele alertou que "se os EUA continuarem a dramatizar, exagerar ou escalar a situa??o, a China certamente responderá".
Embora os EUA estejam tentando inescrupulosamente suprimir e conter a China, o grande rejuvenescimento da na??o chinesa é irrefreável, pois o desenvolvimento da China tem uma for?a motriz forte e inerente e uma lógica histórica inevitável.
Ele exortou os EUA a abandonar a mentalidade obsoleta da Guerra Fria, adotar uma percep??o objetiva e justa da China e retornar a uma política racional e pragmática.