Um conjunto de telescópio solar no sudoeste da China, que será o maior de seu tipo no mundo após a conclus?o, implementou o primeiro sistema de detec??o de pulsares do país baseado em sequências de imagens de rádio e, no processo, identificou uma piscada de pulsar.
Pulsares, ou estrelas de nêutrons de rota??o rápida, originam-se dos núcleos implodidos de estrelas gigantescas que já est?o morrendo, através de explos?es de supernovas. Os "pulsos" de radia??o de alta energia vistos de um pulsar s?o devidos a um desalinhamento do eixo de rota??o com seu eixo magnético.
O Radiotelescópio Solar de Daocheng (DSRT, em inglês), um telescópio de imagem de rádio solar que fica à beira do Planalto Qinghai-Tibet, na China, é composto de 313 antenas parabólicas de seis metros de largura que circundam uma torre de calibra??o de 100 metros de altura no centro.
Com um diametro de um quil?metro, o conjunto será o maior radiotelescópio de síntese de abertura do mundo após a conclus?o. Suas antenas rotativas, semelhantes a um girassol, s?o projetadas para seguir o Sol em uma tentativa de estudar as erup??es solares e como elas afetam as condi??es ao redor da Terra.
Trabalhando em colabora??o, os 313 observadores solares formar?o um enorme telescópio virtual na faixa de frequência de 150 a 450 megahertz para obter imagens de alta precis?o dos eventos solares.
Desde mar?o do ano passado, o DSRT realizou uma série de observa??es científicas e adquiriu um grande número de imagens de atividade solar e dados espectrais.
Na ter?a-feira passada, usando 146 antenas já integradas em opera??o, uma equipe do Centro Nacional de Ciência Espacial da Academia Chinesa de Ciências identificou a piscada de um pulsar codificado JJ0332+5434, o que verificou preliminarmente a capacidade do telescópio de detectar esse tipo de corpo celeste no espa?o mais profundo.