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A coopera??o econ?mica e comercial entre a China e o Brasil teve um rápido desenvolvimento e alcan?ou conquistas frutíferas nos últimos anos.
Os avan?os v?o desde o a?aí tornando-se uma venda imperdível na Exposi??o Internacional de Importa??o da China (CIIE, em inglês), até a carne bovina do Brasil aparecendo na refei??o das famílias chinesas; desde os trens ferroviários "made in china" ocorrendo em S?o Paulo, até o projeto de transmiss?o elétrica de Belo Monte iluminando cidades brasileiras; desde o navio cargueiro com café brasileiro esperando por desembara?o aduaneiro, até os brasileiros desfrutando da "velocidade chinesa" de logística expressa.
A coopera??o China-Brasil liga os mercados dos dois países. Em janeiro, após uma viagem de mais de um mês, o primeiro navio carregado com milho brasileiro partindo do Porto de Santos para a China chegou ao porto de Mayong, na Província de Guangdong, sul da China.
Além do milho, outros produtos agrícolas e pecuários brasileiros, como soja, frango e a?úcar, já entraram na vida cotidiana dos chineses. Na 5a CIIE em 2022, o pavilh?o brasileiro apresentou aos consumidores chineses produtos como carne bovina, café e própolis. O grande dividendo da abertura do alto nível da China traz oportunidades de crescimento para mais empresas brasileiras.
A China tem sido o maior parceiro comercial do Brasil por 14 anos consecutivos, e o Brasil é o primeiro país latino-americano a atingir um volume de comércio de mais de US$100 bilh?es com a China.
Em 2022, o comércio total entre os dois países ficou em US$ 171,34 bilh?es. A China importou 54,4 milh?es de toneladas de soja e 1,11 milh?o de toneladas de carne bovina congelada do Brasil, ocupando 59,72% e 41% de sua quantidade total de importa??o, respectivamente, de acordo com os dados da Administra??o Geral das Alfandegas da China.
"O Brasil é um país que é t?o distante da China, mas a coopera??o dos dois países dá um exemplo para o mundo", disse Alessandro Teixeira, professor da política pública da Universidade Tsinghua e ex-ministro do Turismo do Brasil, "Somos próximos em muitas áreas, como recursos agrícolas, minerais, florestais e técnicos."
A China e o Brasil s?o altamente complementares na coopera??o econ?mica. A demanda chinesa por produtos básicos brasileiros está aumentando, disse Wang Cheng'an, sênior-especialista do Centro Chinês de Estudos dos Países de Língua Portuguesa da Universidade de Economia e Negócios Internacionais.
Produtos agrícolas, minerais e petróleo têm sido pilares na coopera??o econ?mica e comercial entre China e Brasil, formando a estrutura comercial que permite que a coopera??o econ?mica e comercial entre os dois países se fortale?a, avaliou Zhou Zhiwei, diretor executivo do centro de estudos brasileiros e vice-diretor do departamento de rela??es internacionais, ligados ao Instituto da América Latina da Academia Chinesa de Ciências Sociais.
Em fevereiro, o banco central da China assinou um memorando de coopera??o com o banco central do Brasil para lan?ar liquida??o com renminbi (RMB, moeda chinesa) no Brasil. Essa medida melhorará a eficiência do comércio bilateral e reduzirá os riscos externos, fornecendo um mecanismo de garantia eficaz para a coopera??o entre a China e o Brasil em economia e comércio, disse Zhou.
Enquanto isso, a China é uma importante fonte de investimentos diretos para o Brasil. Os investimentos chineses em infraestrutura e projetos para o bem público beneficiaram os brasileiros.
A State Grid Corporation of China, a maior empresa estatal de servi?os públicos do país, investiu nos projetos de transmiss?o de eletricidade de Belo Monte, incluindo duas linhas de ultra-alta voltagem de 800 quilowatts que transmitem energia da usina hidrelétrica de Belo Monte, no estado do Pará, para grandes cidades como Rio de Janeiro e S?o Paulo, sem prejudicar o meio ambiente local.
A empresa também ajudou a construir um projeto de dessaliniza??o de água na cidade de Jo?o Camara, no estado do Rio Grande do Norte, fornecendo 80 toneladas de água purificada diariamente para a popula??o local que sofria com a água salobra.
O Brasil tem um amplo espa?o de investimento em hidráulica, ferrovias, rodovias e constru??o urbana. O investimento chinês no Brasil aumenta rapidamente, cobrindo diversos setores e com formas diversificadas de investimento. Os projetos feitos pela China vêm beneficiando cada vez mais brasileiros.
Além disso, a China e o Brasil têm amplas perspectivas de coopera??o no campo de nova energia. A China tem o equipamento e a tecnologia, assim como apoio financeiro para desenvolver a nova energia, enquanto o Brasil tem recursos de alta qualidade e potencial de mercado, complementando assim os pontos fortes um do outro.
O 14o Plano Quinquenal da China enfatizou o desenvolvimento verde e a constru??o de uma bela China. O objetivo de desenvolvimento verde n?o apenas serve para seu desenvolvimento no país, mas também para seus investimentos no exterior, destacou Guo Cunhai, diretor do departamento de estudos socioculturais do Instituto da América Latina da Academia Chinesa de Ciências Sociais.
Além dos resultados alcan?ados, a coopera??o sino-brasileira está se dirigindo para novas áreas. Na 5a CIIE, o Brasil montou pela primeira vez uma área de exposi??o especial para empresas de startups na área de incuba??o de inova??o, com 19 empresas brasileiras nos setores de veículos de nova energia, agricultura inteligente e redu??o de carbono, entre outros.
Os avan?os tecnológicos da China, país em desenvolvimento pioneiro em termos de tecnologia, trar?o mais oportunidades de desenvolvimento para o Brasil, apontou Alessandro Teixeira.
O expositor brasileiro Geoespa?o é uma empresa que utiliza a tecnologia de drones para melhorar a eficiência na gest?o de recursos naturais, agricultura inteligente e cidades inteligentes.
Segundo Luan Henrique, diretor-executivo da empresa, no mercado chinês existem muitas empresas tecnologicamente líderes, e o intercambio com elas aumenta a competitividade das empresas brasileiras. Ele está confiante na expans?o da coopera??o econ?mica e comercial China-Brasil em novas áreas, acrescentando que a perspectiva da empresa brasileira está intimamente ligada ao futuro da coopera??o bilateral.
De acordo com Zhou, nos últimos anos, a China continuou explorando as indústrias emergentes e as áreas de tecnologia de ponta e fez progressos consideráveis. Estas novas indústrias e tecnologias verdes, inteligentes e eficientes têm uma ampla perspectiva de aplica??o em ambos os países, o que cria um novo potencial para aprofundar a coopera??o econ?mica e comercial entre os dois países.
A China e o Brasil têm sido importantes parceiros econ?micos e comerciais um para o outro. Ao longo dos últimos anos, o intercambio comercial entre os dois países desenvolveu-se firmemente, a coopera??o em investimentos tornou-se cada vez mais ativa, e a "diversifica??o" será uma nova tendência na coopera??o econ?mica e comercial entre os dois países.
Wang disse que, no futuro, a industrializa??o de tecnologias de ponta pela China e pelo Brasil oferecerá um espa?o mais amplo para o comércio bilateral. Espera-se que as rela??es econ?micas e comerciais já estreitas entre os dois países cheguem a um novo patamar, e a coopera??o pragmática de benefício mútuo entre os dois países será certamente um modelo para o desenvolvimento conjunto de grandes países em desenvolvimento.