O desmatamento na Amaz?nia brasileira caiu 36% nos primeiros quatro meses de 2023 em compara??o ao mesmo período do ano passado, com um total de 1.203 km2 de floresta perdidos, informou o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amaz?nia (Imazon).

Apesar da redu??o de quase um ter?o em compara??o ao último período, a área devastada nos primeiros quatro meses deste ano representa o terceiro pior resultado nos esfor?os para preservar o bioma desde 2008.

Considerando apenas os últimos 16 anos, a área degradada em cada primeiro quadrimestre do ano só foi maior em 2022 e em 2021, quando o desmatamento aumentou significativamente, alcan?ando 1.963 km2.

A partir da análise das imagens de monitoramento, o Imazon concluiu que, em abril deste ano, a queda do desmatamento atingiu 72%, passando de 1.197 km2 em abril de 2022 a 336 km2 no mesmo mês deste ano.

"A redu??o observada em abril é positiva, embora a área devastada tenha sido a quarta maior para o mês desde 2008", destacou o instituto.

"Isso indica que necessitamos implementar a??es de aplica??o de emergência, identifica??o e puni??o dos desmatadores ilegais nos territórios mais pressionados, concentrando nas florestas públicas, que ainda n?o têm um uso definido e áreas protegidas, especialmente com a chegada do ver?o amaz?nico, onde, historicamente, o desmatamento tende a aumentar", afirmou o comunicado do Imazon.

Embora o desmatamento na Amaz?nia em seu conjunto tenha sido menor nos quatro primeiros meses deste ano, nos estados de Roraima e Tocantins houve um aumento da superfície degradada.

A "situa??o mais crítica", segundo o instituto, ocorreu em Roraima, onde a devasta??o aumentou em 73%, passando de 63 km2 de janeiro a abril de 2022 a 107 km2 nos quatro primeiros meses deste ano.

Em Tocantins, o desmatamento aumentou 25%, de 4 km2 de janeiro a abril de 2022 a 5 km2 no mesmo período deste ano.

Por sua vez, mesmo com uma queda no desmatamento no último período, Mato Grosso, Amazonas e Pará continuam sendo os estados com as maiores áreas derrubadas na Amaz?nia.

De janeiro a abril deste ano, Mato Grosso devastou 400 km2 de floresta, Amazonas 272 km2 e Pará 258 km2, o que representa 33%, 23% e 21% do total da regi?o, respectivamente. Esses dados significam que, juntos, esses estados foram responsáveis por 77% de floresta destruída nos primeiros quatro meses de 2023.