O enviado chinês Li Hui se reuniu com o ministro das Rela??es Exteriores Dmytro Kuleba
A China reafirmou sua posi??o sobre um acordo político para a crise na Ucrania e pediu a várias partes que criem as condi??es para um cessar-fogo e negocia??es de paz, enquanto seu representante especial para assuntos da Eurásia, Li Hui, encerrou sua visita a Kiev na quarta-feira (17).
Durante sua visita de dois dias, Li manteve conversas separadas com o presidente Volodymyr Zelensky, o ministro das Rela??es Exteriores Dmytro Kuleba e outros altos funcionários ucranianos.
Os dois lados concordaram em trabalhar juntos para manter a tradi??o de respeito mútuo e promover uma coopera??o mutuamente benéfica.
A visita de Li ocorreu três semanas depois que o presidente Xi Jinping disse a Zelensky que a China enviaria um representante a Kiev, durante sua primeira conversa telef?nica desde o início do conflito. A agenda de Li engloba também visita à Pol?nia, Fran?a, Alemanha e Rússia.
"N?o há panaceia para resolver a crise. Todas as partes necessitam fazer sua parte para construir a confian?a mútua, criando condi??es para negocia??es de paz e eliminando o conflito", disse Li num comunicado do Ministério das Rela??es Exteriores.
A China gostaria de encorajar a comunidade internacional a encontrar o mais amplo entendimento comum sobre a solu??o da crise na Ucrania e fazer sua contribui??o para restaurar a paz, afirmou ele.
A China sempre desempenhou um papel construtivo em aliviar a situa??o humanitária na Ucrania à sua maneira e continuará a fornecer assistência ao país dentro de sua capacidade, acrescentou Li.
De acordo com o comunicado, o lado ucraniano afirmou atribuir grande importancia ao papel da China em assuntos internacionais como membro permanente do Conselho de Seguran?a das Na??es Unidas (CNSU), e saúda o desempenho de um papel ativo de Beijing na press?o para acabar com as hostilidades e restaurar a paz.
A Ucrania sempre adere ao princípio de Uma Só China e está disposta a trabalhar em conjunto com a China para promover o desenvolvimento contínuo e mais amplo das rela??es bilaterais, enfatizou o comunicado.
Em resposta à expans?o da OTAN durante a crise na Ucrania, o porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores, Wang Wenbin, disse em entrevista coletiva na quinta-feira (18) que a Ucrania n?o deve ser transformada em fronteira no confronto de grandes potências.
“Nas circunstancias atuais, todos os lados precisam manter a calma, exercer modera??o e evitar qualquer a??o que possa agravar ou complicar ainda mais a crise”, acrescentou.
Xu Poling, diretor do Departamento de Economia Russa no Instituto de Estudos Russos, do Leste Europeu e da ásia Central da Academia Chinesa de Ciências Sociais, observou que a visita de Li é um exemplo da diplomacia pacífica da China, demonstrando o compromisso consistente de Beijing com a solu??o pacífica da crise da Ucrania.
Alcan?ar a paz n?o é tarefa fácil, mas há sempre esperan?a, disse Xu.