Empresários e especialistas da indústria trocam ideias no Fórum Davos de Ver?o em Tianjin. [Foto: Xinhua]

O refor?o de sua presen?a na China só fará as multinacionais avan?arem com um crescimento mais forte no longo prazo, apesar das crescentes incertezas sobre a dissocia??o e as interrup??es na cadeia de suprimentos, disseram líderes empresariais globais e especialistas da indústria à margem do Fórum Davos de Ver?o em Tianjin.

Eles fizeram as observa??es enquanto o primeiro-ministro chinês Li Qiang disse no fórum na ter?a-feira (27) que a China tem total confian?a e capacidade de alcan?ar crescimento econ?mico estável e desenvolvimento de alta qualidade por muito tempo.

A economia da China mostra uma recupera??o clara e impulso de melhoria com o PIB do primeiro trimestre, tendo crescido 4,5% em rela??o ao ano anterior, e espera-se que se expanda mais rapidamente no segundo trimestre, disse Li, acrescentando que oferecerá "uma fonte consistente de dinamismo" para a recupera??o e crescimento econ?mico global.

"Depois de olhar para o contexto global em que estamos agora, n?o há outro lugar no mundo que tenha o tamanho e ainda esteja crescendo nas mesmas taxas que estamos vendo na China. O mercado chinês também tem sido um segmento de grande crescimento para empresas multinacionais. Ainda acredito que a próxima China é a China", disse Joe Ngai, presidente da consultoria de gest?o McKinsey China.

Bruce Cameron, presidente da Zespri, uma cooperativa de produtores de kiwi na Nova Zelandia, disse que as taxas de crescimento econ?mico na China ainda s?o muito "impressionantes" quando comparadas ao resto do mundo.

A China deverá contribuir com pelo menos 25% do crescimento econ?mico global até 2030, segundo as últimas estimativas do Boston Consulting Group.

"Estamos muito confiantes sobre a economia chinesa e sua capacidade de continuar a ter uma forte presen?a aqui. Acreditamos que nossa empresa e nossa presen?a aqui nos levam adiante no futuro previsível com forte crescimento", afirmou ele.

Esse potencial de crescimento econ?mico de longo prazo está inspirando as multinacionais a aumentar os investimentos, expandir suas linhas de talentos e tra?ar planos de médio a longo prazo na China.

Wang Rui, vice-presidente sênior da empresa de tecnologia americana Intel e presidente da Intel China, explicou que muitas empresas internacionais atribuem grande importancia ao mercado chinês e que "a Intel irá aderir firmemente à sua estratégia de desenvolvimento na China".

"O mercado chinês tem grandes oportunidades e oferece um ambiente de negócios aberto. A tecnologia inovadora da Intel também está alinhada com as demandas de desenvolvimento de alta qualidade da economia chinesa. Este é um relacionamento mutuamente benéfico", observou Wang.

George Xu, CEO da Airbus China, apontou que "A Airbus China planeja expandir seu recrutamento de novos talentos em energia para apoiar sua transforma??o verde e desenvolvimento sustentável".

Mesmo enfrentando os desafios da pandemia da Covid-19, a empresa aumentou seu quadro de funcionários em 15 a 20% anualmente, de acordo com Xu.

Confrontado com propostas externas de dissocia??o e elimina??o de riscos, o primeiro-ministro Li enfatizou no fórum na ter?a-feira que o mundo n?o deve e n?o pode retornar a um estado de reclus?o ou isolamento e deve se opor à politiza??o das quest?es econ?micas e trabalhar em conjunto para manter a indústria global e cadeias de suprimentos estáveis e suaves.

Tal postura foi compartilhada por executivos de empresas e especialistas da indústria no fórum.

A dissocia??o e a fragmenta??o s?o algo que o mundo simplesmente n?o pode ter, disse Ngozi Okonjo-Iweala, diretora-geral da Organiza??o Mundial do Comércio durante um painel de discuss?o.

Mesmo com os crescentes desafios de dissocia??o, Wu Chun, sócio-gerente do Boston Consulting Group Greater China, disse que o país asiático demonstrou sua resolu??o de unir as m?os com todas as outras partes interessadas para enfrentar os desafios e buscar resultados ganha-ganha, proporcionando assim confian?a e estabilidade num mundo incerto.

Foi dado um voto a mais de confian?a para as multinacionais crescerem no país no longo prazo.

"Vemos a China como um mercado global de longo prazo. N?o temos inten??o de voltar atrás ou sair da China", disse Cameron, da Zespri. "Estamos incorporados aqui".