Enquanto Washington considera aumentar as restri??es de exporta??o de chips a Beijing, algumas das maiores empresas de semicondutores dos Estados Unidos e um grupo da indústria pediram ao governo dos EUA que interrompa um controle ainda maior, alertando para a diminui??o da competitividade, interrup??es na cadeia de suprimentos e "incerteza significativa do mercado".
A medida destaca a importancia da China para a indústria de chips dos EUA, já que a China n?o é apenas o maior mercado de semicondutores do mundo, mas também um elo importante nas cadeias de suprimentos das empresas de chips dos EUA, avaliaram especialistas.
Em um comunicado publicado na segunda-feira (17) em seu site oficial, a Associa??o da Indústria de Semicondutores dos EUA instou o governo dos EUA a " se abster de impor mais restri??es" à China. Os CEOs das principais empresas de chips dos EUA também visitaram Washington esta semana para expressar suas opini?es sobre a política do governo dos EUA para a China.
é importante permitir que a indústria de chips tenha acesso contínuo ao mercado chinês, que é o maior mercado comercial do mundo para commodities de semicondutores, observou o comunicado.
A associa??o instou o governo dos EUA a se envolver "mais extensivamente com a indústria e especialistas para avaliar o impacto das restri??es atuais e potenciais para determinar se elas s?o estreitas e claramente definidas, aplicadas de forma consistente e totalmente coordenadas com os aliados".
A declara??o veio depois que a mídia informou que Washington está considerando uma nova rodada de restri??es à exporta??o de equipamentos e tecnologias de fabrica??o de chips para a China. No ano passado, o governo dos EUA imp?s um conjunto abrangente de regras com o objetivo de conter o desenvolvimento tecnológico da China.
Na ter?a-feira, a porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores da China, Mao Ning, disse numa coletiva de imprensa em Beijing que a China sempre se op?e à politiza??o e ao armamento de quest?es econ?micas e comerciais.
"Esperamos que o lado americano cumpra a promessa do presidente dos EUA, Joe Biden, de n?o se separar da China, n?o obstruir o desenvolvimento econ?mico da China e n?o conter a China, e criar um ambiente favorável para a coopera??o econ?mica e comercial China-EUA", enfatizou Mao.
Xiang Ligang, diretor geral da Information Consumption Alliance, uma associa??o da indústria de telecomunica??es em Beijing, disse que a rea??o da indústria de chips dos EUA destaca o papel vital da China em seu sucesso. "A China é um mercado muito grande para qualquer empresa de chips ignorar", observou Xiang.
No ano passado, as compras de semicondutores da China totalizaram US$ 180 bilh?es, representando cerca de um ter?o do total mundial de US$ 555,9 bilh?es, consolidando o status do país como o maior mercado individual de semicondutores, de acordo com a Associa??o da Indústria de Semicondutores.
Executivos das gigantes de tecnologia dos EUA Nvidia, Qualcomm e Intel se reuniram na segunda-feira com altos funcionários em Washington para discutir a política do governo dos EUA para a China, segundo noticiou a Reuters citando fontes an?nimas.
"Todas as três empresas s?o grandes líderes em tecnologia de semicondutores relacionada a telecomunica??es. Uma grande porcentagem de suas receitas vem da China", disse George Koo, consultor internacional de negócios aposentado no Vale do Silício, ao China Daily.
Ao instruí-los a n?o vender para a China, o governo Biden está "pedindo a essas empresas que virtualmente cometam suicídio, porque cortar?o o próprio bra?o no interesse da prote??o de Biden da (chamada) seguran?a nacional", avaliou Koo.
A China é t?o importante para uma série de empresas de tecnologia dos EUA que muitos CEOs visitaram o país este ano em busca de novas oportunidades de negócios.
O CEO da Intel, Patrick Gelsinger, por exemplo, visitou Chengdu, na província de Sichuan, no início deste mês para comemorar o 20o aniversário de sua fábrica local, logo após uma viagem a Beijing em abril.