O setor petrolífero brasileiro receberá 20,5 bilh?es de reais (US$ 4,3 bilh?es) para a explora??o de petróleo e gás natural até 2027, divulgou nesta quarta-feira a estatal Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Em um evento para apresentar o Relatório Anual de Explora??o de 2022, a ANP afirmou que do total previsto para explora??o de petróleo e gás nos próximos 4 anos, 94% dos investimentos (19,25 bilh?es de reais ou US$ 4,025 bilh?es) ser?o usados para perfurar po?os no mar.

Segundo o relatório, est?o previstos investimentos de 11 bilh?es de reais nas bacias marítimas da margem equatorial e de 8,5 bilh?es de reais na margem oriental. A bacia da desembocadura do rio Amazonas concentra o maior volume de investimentos, seguida pelas bacias de Campos e Santos.

"Com base na previs?o de investimentos, o mercado está, de fato, indicando seu interesse em avan?ar na explora??o e melhorar o rendimento passando dos 23 po?os perfurados em 2022 para uma previs?o de 32 po?os exploratórios em 2023 e 36 po?os em 2024. A maioria desses po?os se concentra em novas bacias de fronteira" explicou em entrevista à imprensa o coordenador geral de Regulamenta??o e Gest?o e Informa??o da Superintendência de Explora??o da ANP, Edson Montez.

No final do ano passado, havia 295 blocos sob contrato em fase de explora??o, um aumento de 24% em compara??o com 2021, quando foram contabilizados 238. Havia 157 blocos em bacias onshore e 138 em bacias offshore. Uma das explica??es desse aumento, segundo Montez, foi o pre?o médio do barril de petróleo a US$ 100 em 2022.

A fase de explora??o come?a com a assinatura do contrato de explora??o e produ??o de petróleo e gás natural. Nessa fase, as áreas exploradas s?o chamadas de blocos e as empresas realizam estudos e atividades (como prospec??es sísmicas e perfura??o de po?os) para detectar a presen?a de petróleo ou gás natural em quantidade suficiente para tornar economicamente viável sua extra??o.

Se o resultado for positivo, a empresa apresenta uma declara??o de desenvolvimento de comercializa??o à ANP e o bloco (ou parte dele) se converte em zona de desenvolvimento, iniciando-se a fase de produ??o. Caso contrário, a empresa pode devolver o bloco (ou parte dele) à ANP.