O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse na quarta-feira que os países do grupo BRICS podem desempenhar um "papel excepcional" no mundo, ajudar a reduzir as desigualdades e a outros países em desenvolvimento com financiamento adequado, sem impor a eles condi??es difíceis.
Em um café da manh? com correspondentes internacionais no Palácio da Alvorada, em Brasília, Lula disse que tem muita expectativa com rela??o à 15a Cúpula dos BRICS, que se realizará na áfrica do Sul no final deste mês.
"Estou com muita expectativa para a reuni?o dos BRICS na áfrica do Sul, primeiro porque há muito tempo que n?o participo, será a primeira vez depois de tantos anos", destacou Lula, que esteve presente nas primeiras reuni?es do grupo em seus dois primeiros mandatos, entre 2003 e 2010.
O presidente brasileiro comentou que é possível que a Rússia participe da 15a Cúpula por videoconferência e destacou que, como a áfrica do Sul é a anfitri?, haverá muitos países convidados.
Segundo ele, é "extremadamente importante" que países como Arábia Saudita, Argentina, e outras grandes na??es em desenvolvimento se somem ao BRICS. De acordo com o governo sul-africano, cerca de 40 países já manifestaram interesse em aderir ao grupo.
"Nesta reuni?o, é possível que possamos decidir por consenso quais países poder?o se unir aos BRICS. Considero extremamente importante permitir que outros países que cumpram com os requisitos dos BRICS se unam ao grupo", afirmou.
"Dentro de uma perspectiva mundial, creio que os BRICS podem desempenhar um papel excepcional", acrescentou.
Durante o encontro com a imprensa estrangeira, Lula reiterou que defende a ideia de que haja uma moeda própria para comercializar entre os países parceiros.
Lula destacou ainda que o Banco dos BRICS (Novo Banco de Desenvolvimento) deve ser "mais eficaz e generoso" do que o Fundo Monetário Internacional (FMI).
"O banco existe para ajudar a salvar países, n?o para afundá-los", enfatizou.
Para o presidente brasileiro, os BRICS devem servir para ajudar "o desenvolvimento de outras na??es com financiamento adequado e sem impor condi??es difíceis".