Representantes de 23 ministérios brasileiros participaram na última quinta-feira, em Brasília, da reuni?o interministerial preparatória para a VII Sess?o Plenária da Comiss?o Sino-Brasileira de Alto Nível de Concerta??o e Coopera??o (COSBAN), principal mecanismo de diálogo entre os dois países, prevista para o primeiro semestre de 2024.
Ao abrir o encontro, o presidente em exercício do Brasil, Geraldo Alckmin, destacou que "a China é o maior parceiro comercial do Brasil. O presidente Lula assinou numerosos protocolos e acordos quando esteve lá e vamos preparar a pauta para a reuni?o. Cada ministério deve levantar na sua área os avan?os nos temas na rela??o sino-brasileira."
Por sua vez, o ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que o Brasil tem muito a ganhar com a mudan?a de perfil econ?mico observado na China.
Segundo ele, após um período centrado em investimentos em suas próprias infraestruturas, o maior parceiro comercial do Brasil busca cada vez mais refor?ar seu consumo interno e, para satisfazer esta crescente demanda, se concentrará em investimentos nas infraestruturas de outros países capazes de oferecer produtos e alimentos a baixo custo.
Renan Filho ressaltou que existe uma rela??o direta entre o investimento público e a capacidade de atrair capital privado, raz?o pela qual o Brasil precisa se antecipar e criar as condi??es ideais para atrair o interesse chinês.
"Os recursos privados se sentem mais estimulados quando há recursos públicos que se somam a seus esfor?os. Por esta raz?o, estamos vivendo um entorno muito positivo em termos de atra??o de recursos privados. E é nesta agenda que acredito que a intera??o com a China é fundamental, especialmente na área de infraestruturas", acrescentou.
Para o ministro dos Transportes, o momento atual é muito promissor, principalmente porque a China quer mudar seu perfil econ?mico, "transformando o perfil de crescimento econ?mico centrado apenas no investimento, para fortalecer o consumo".