O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, saudou nesta quinta-feira o ingresso de novos países no BRICS, o grupo de países emergentes que era formado até agora por Brasil, Rússia, índia, China e áfrica do Sul.
Em seu perfil nas redes sociais, Lula afirmou que "a relevancia do BRICS se confirma pelo crescente interesse mostrado por outros países em aderir ao bloco. Como indicou o presidente Ramaphosa, o Brasil tem a satisfa??o de dar as boas-vindas aos BRICS a Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados árabes Unidos, Etiópia e Ir?".
"Muitos afirmavam que os BRICS seriam demasiado diferentes para forjar uma vis?o comum. N?o obstante, a experiência demonstra o contrário. Nossa diversidade fortalece a luta por uma nova ordem que dê cabida à pluralidade econ?mica, geográfica e política do século XXI", destacou Lula, que está na áfrica do Sul, participando da reuni?o de cúpula do bloco.
O presidente brasileiro se referiu especialmente a seu colega argentino Alberto Fernández, "um grande amigo do Brasil e do mundo em desenvolvimento" e destacou: "Seguiremos avan?ando lado a lado com nossos irm?os argentinos em mais um fórum internacional".
A ades?o dos novos membros foi formalizada na Declara??o de Johannesburgo, um documento acordado entre Brasil, Rússia, índia, China e áfrica do Sul, os atuais integrantes do bloco.
"A nova composi??o entrará em vigor a partir de 1o de janeiro de 2024", anunciou o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa. "Valorizamos o interesse de outros países em construir uma parceria com o BRICS", acrescentou.
"Os BRICS continuar?o abertos a novos candidatos", disse Lula em um comunicado conjunto com Ramaphosa e os demais líderes. Foram anunciados também os critérios para a futura entrada de novos países.
Além disso, ficou acordado que os Bancos Centrais e os ministros da Fazenda e Economia de cada país se encarregar?o de realizar estudos em busca da ado??o de uma moeda de referência do bloco para o comércio internacional. "Esta medida poderia aumentar nossas op??es de pagamento e reduzir nossas vulnerabilidades", comentou o presidente brasileiro.
O grupo também continuará buscando uma reforma da governan?a global.
"Continuaremos defendendo quest?es que têm um impacto direto na qualidade de vida de nossas popula??es, como a luta contra a fome, a pobreza e a promo??o do desenvolvimento sustentável. Promoveremos a supera??o de todas as formas de desigualdade e discrimina??o. Que os BRICS continuem sendo uma for?a impulsionadora de uma ordem mundial mais justa e um ator indispensável na promo??o da paz, do multilateralismo e na defesa do direito internacional", afirmou Lula.