A Cúpula do Grupo dos 77 (G77) mais China terminou neste sábado no Palácio de Conven??es em Havana com um apelo à promo??o do multilateralismo e da coopera??o internacional.
"Durante esses dias, Cuba tem sido a capital do Sul Global, espa?o da esperan?a eterna, lar daqueles que recebem menos da riqueza global, apesar de terem contribuído mais", disse o primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero.
Ele agradeceu às delega??es presentes por seu firme apoio na oposi??o ao embargo dos EUA contra Cuba, que já dura seis décadas.
A declara??o final da cúpula também foi aprovada no sábado, sublinhando a necessidade urgente de uma reforma abrangente da arquitetura financeira internacional e de uma abordagem mais inclusiva e coordenada da governan?a financeira global.
"Rejeitamos a imposi??o de leis e regulamentos com impacto extraterritorial e todas as outras formas de medidas econ?micas coercitivas, incluindo san??es unilaterais contra países em desenvolvimento, e reiteramos a necessidade urgente de eliminá-las imediatamente", aponta a declara??o.
"Também reafirmamos o compromisso de fortalecer a unidade e a solidariedade do Grupo para alcan?ar seus objetivos e refor?ar seu papel no atual contexto internacional".
A cúpula concordou em declarar o dia 16 de setembro como o Dia da Ciência, Tecnologia e Inova??o no Sul Global.
Esta cúpula confirmou que Cuba n?o está sozinha, disse Rodolfo Benítez, diretor-geral do Ministério das Rela??es Exteriores cubano.
"Podemos dizer que a cúpula de Havana foi bem-sucedida", exaltou ele, acrescentando que os Estados-membros do G77 querem mudar a atual ordem global para construir seus modelos de desenvolvimento.
Cuba assumiu a presidência rotativa em janeiro. A próxima Cúpula do G77 mais China está programada para acontecer em Campala, Uganda, em janeiro de 2024.