Beijing tornou-se na segunda-feira (20) a primeira paragem de uma viagem de media??o de uma delega??o de ministros das Rela??es Exteriores dos países árabes-islamicos, que procuram amenizar o conflito em curso na regi?o de Gaza.
Na sua reuni?o com o Ministro das Rela??es Exteriores da China, Wang Yi, alcan?ar um cessar-fogo e honrar fielmente o direito humanitário internacional constituíram os dois pontos-chave da mais recente proposta da China para resolver a quest?o palestina.
Durante as conversa??es, a China apelou à convoca??o de "uma conferência internacional de paz de maior escala, ambito e eficácia em breve" e pediu a formula??o de um calendário e de um roteiro.
Os membros da delega??o, cuja visita a Beijing terminará nesta ter?a-feira, manifestaram esperan?a numa coordena??o mais estreita com a China para evitar que a crise se espalhe e apelaram ao reinício das conversa??es de paz.
Wang destacou a urgência de implementar plenamente as resolu??es relevantes do Conselho de Seguran?a da ONU e da Assembleia Geral da ONU, dizendo que um cessar-fogo "n?o é mais uma declara??o diplomática, mas uma chave para a sobrevivência do povo de Gaza".
O ministro chinês defendeu a necessidade de cumprir o direito internacional, em particular o direito humanitário internacional, e de rejeitar qualquer desloca??o e relocaliza??o for?adas de civis palestinianos.
“Israel deveria parar com as puni??es coletivas contra o povo de Gaza” e abrir um corredor humanitário o mais rápido possível para evitar um desastre humanitário ainda maior, observou ele.
Os membros da delega??o incluem altos funcionários da Arábia Saudita, Jordania, Egito, Indonésia e Palestina, bem como Hissein Brahim Taha, secretário-geral da Organiza??o de Coopera??o Islamica.
"Desde este ano, a China ajudou a tornar possíveis os crescentes esfor?os de reconcilia??o na regi?o do Médio Oriente, e a China tem sido uma for?a motriz consistente e constante na promo??o construtiva da paz e na constru??o de um ambiente estável e pacífico", acrescentou.
A China, como presidente rotativo do Conselho de Seguran?a da ONU, tem procurado seriamente a ado??o da primeira resolu??o do Conselho de Seguran?a da ONU desde o início das atuais hostilidades.
Em rela??o ao Conselho de Seguran?a da ONU, Wang disse que este deveria ouvir as vozes dos países árabe-islamicos e "tomar a??es responsáveis para fazer a situa??o esfriar".
A China continuará a trabalhar com os países árabes-islamicos para fortalecer a coordena??o, construir consenso e pressionar o Conselho de Seguran?a a "tomar mais medidas significativas" sobre a situa??o em Gaza, acrescentou Wang.
Segunda-feira também marcou o 35o aniversário do estabelecimento de rela??es diplomáticas entre a China e a Palestina.
"Apesar dos caminhos acidentados que temos pela frente rumo à solu??o de dois Estados, a esperan?a ainda pode crescer, desde que todas as partes trabalhem para o mesmo objetivo", disse Su Xiaohui, pesquisador associado do Instituto Chinês de Estudos Internacionais.
Ao falar das solu??es para a crise atual que foram propostas por vários partidos, Wang enfatizou que ninguém deve desviar-se da solu??o de dois Estados, enquanto todos devem conduzir à paz e estabilidade regionais.
Quanto ao fato de a delega??o ter feito da China a primeira paragem para a sua viagem de media??o, Wang disse que isso "mostra um elevado grau de confian?a na China" e reflete a "boa tradi??o de compreens?o e apoio mútuo" da na??o.
Numa reuni?o separada com a delega??o em Beijing, na segunda-feira, o vice-presidente Han Zheng expressou a “profunda preocupa??o” da China com a “situa??o humanitária excepcionalmente terrível” em Gaza. E destacou que a China está acelerando a sua ajuda a Gaza em termos de fornecimentos de emergência e assistência em dinheiro.