A China e a Suí?a anunciaram nesta segunda-feira a conclus?o do estudo conjunto de viabilidade sobre a atualiza??o do acordo de livre comércio (ALC) bilateral, um passo importante para negocia??es e coopera??o econ?mica mais profunda.
Durante as conversas entre o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, que está em uma visita ao país, e a presidente da Confedera??o Suí?a, Viola Amherd, na segunda-feira, os dois lados concordaram com o lan?amento breve de negocia??es formais para atualizar o ALC.
Li chegou à Suí?a no domingo para uma visita oficial, dando início ao último episódio de intercambios de alto nível entre os dois países.
Cui Hongjian, professor da Academia de Governan?a Regional e Global da Universidade de Estudos Estrangeiros de Beijing, aponta que tal a??o refletiu o compromisso de ambas as na??es para promover o comércio aberto e justo em uma era onde o protecionismo lan?a sombras sobre o comércio internacional.
"No contexto da crescente antiglobaliza??o e protecionismo, o movimento colaborativo entre a China e a Suí?a enviou o sinal claro de defender o multilateralismo e o livre comércio com base nas regras", disse o especialista à Xinhua.
A China e a Suí?a est?o empenhadas em fomentar la?os econ?micos fortes. Em 2022, o comércio bidirecional totalizou US$ 57,3 bilh?es, um aumento de 30% em termos anuais, de acordo com estatísticas da Administra??o Geral das Alfandegas da China.
Segundo Cui, possíveis redu??es nas barreiras comerciais e elimina??o de tarifas v?o melhorar o acesso ao mercado para empresas de ambos os lados e promover o fluxo sem descontinuidades de bens e servi?os, trazendo assim um aumento no comércio e investimento bilaterais.
Durante a estadia de Li na Suí?a, a China anunciou um tratamento com isen??o unilateral de visto para a Suí?a, e o lado suí?o, uma maior facilita??o da obten??o de visto para cidad?os chineses, bem como empresas chinesas que investem na Suí?a.
Essas políticas facilitar?o os intercambios culturais e econ?micos, impulsionar?o o turismo e atrair?o investimentos estrangeiros para ambos os lados, acrescentou Cui.
A Suí?a, como um dos primeiros países ocidentais a reconhecer a recém-fundada República Popular da China, estabeleceu rela??es diplomáticas com a China em 1950. Desde ent?o, progressos notáveis foram feitos em intercambios e coopera??o bilaterais.
"Ambos os lados devem explorar mais interesses convergentes, refor?ar a coopera??o em livre comércio, alfandega e outros campos, e promover e fortalecer novas áreas de crescimento de coopera??o em desenvolvimento verde, finan?as e economia digital", observou Li.
Ecoando as declara??es de Li, o lado suí?o expressou a vontade de continuar um diálogo de qualidade com a China, aprofundar a coopera??o em campos como economia e comércio, educa??o, finan?as, ciência e tecnologia, bem como intercambios interpessoais e culturais.
"é um sinal de um desejo de aprofundar este relacionamento muito rico que uniu nossos países", disse Jean-Jacques de Dardel, ex-embaixador da Suí?a na China.
Em 2023, Li escolheu a Europa como seu primeiro destino de visitas ao exterior desde que assumiu o cargo. No início deste ano, o premiê chinês mais uma vez p?s os pés no continente europeu, dando início aos intercambios de alto nível China-Europa.
Tal fato atesta a dinamica sustentada de intera??es China-Europa de alto nível e reflete a prontid?o da China para colaborar com a Europa e outras na??es para navegar pelas complexidades do cenário global contemporaneo, destacou Yang Chenxi, pesquisador do Instituto de Estudos Internacionais da China.
Durante sua estadia na Suí?a, Li também participará da Reuni?o Anual 2024 do Fórum Econ?mico Mundial e proferirá um discurso especial. O mundo está antecipando os esfor?os sustentados da China para facilitar a globaliza??o econ?mica e aguarda com expectativa suas propostas para promover motores de crescimento.
"A China tem uma voz importante nos assuntos mundiais e esperamos que esta voz seja usada em prol dos melhores benefícios de todas as partes envolvidas em um ano de tens?es e dificuldades internacionais", disse Jean-Jacques de Dardel à Xinhua.