Por José Acácio Ferreira

De acordo com estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Servi?os do Brasil, as exporta??es do Brasil para a China atingiram US$ 105,75 bilh?es em 2023, tornando a China o primeiro parceiro comercial do Brasil com valor de exporta??o superior a US$ 100 bilh?es.

O crescimento significativo das exporta??es do Brasil para a China nos primeiros dois meses deste ano demonstra mais uma vez o papel vital do dinamico mercado chinês na condu??o do comércio exterior e do desenvolvimento econ?mico do Brasil.

No ano passado, visitei várias regi?es da China com o governador da Bahia, Jer?nimo Rodrigues, durante a sua visita ao país. Os esfor?os da China para expandir a abertura de alto nível e o compromisso com o desenvolvimento econ?mico de alta qualidade me impressionaram profundamente.

Este ano marca o 50o aniversário do estabelecimento das rela??es diplomáticos entre o Brasil e a China, que têm um significado especial. à medida que o governo brasileiro promove a reindustrializa??o, a inova??o tecnológica, a transforma??o de baixo carbono e a equidade social, há uma grande expectativa no Brasil por uma maior coopera??o de qualidade, mais ampla e mais benéfica com a China, que deverá ajudar o Brasil a prosseguir um caminho de moderniza??o adaptado às suas condi??es nacionais.

O estado da Bahia fica na parte nordeste do Brasil. No ano passado, foi criada a Comiss?o de Minera??o do Estado China-Bahia. Ela aproveita a tecnologia avan?ada e as vantagens financeiras da China no desenvolvimento da minera??o, busca o desenvolvimento sustentável e segue o princípio de ampla consulta, contribui??o conjunta e benefícios compartilhados. Tendo a coopera??o minerária como pedra angular, visa promover a coopera??o abrangente dos dois lados em novas energias, inova??o tecnológica e infraestrutura, trazendo benefícios ao povo baiano.

A coopera??o entre o Brasil e a China expandiu-se em vários setores. Os la?os econ?micos cada vez mais estreitos entre os dois lados beneficiaram os dois povos.

Em 2023, o estado da Bahia testemunhou um aumento significativo nas exporta??es de soja, algod?o e outros produtos agrícolas para a China. As empresas chinesas têm investido mais na agricultura e na indústria locais, o que tem sido fundamental para aumentar o emprego e melhorar os padr?es de vida no estado da Bahia e nordeste do Brasil em geral.

A coopera??o dos dois países na constru??o portuária e ferroviária no estado da Bahia melhorou a infraestrutura da regi?o. Em maio passado, a Superintendência de Estudos Econ?micos e Sociais do Estado da Bahia e a Academia de Pesquisa Macroecon?mica de Shandong da China assinaram um memorando de entendimento para coopera??o em agricultura e infraestrutura, logística portuária, cultura e educa??o e outros setores.

Atualmente, produtos chineses como módulos fotovoltaicos, equipamentos de máquinas e materiais elétricos representam uma parte significativa das importa??es brasileiras da China. Eles s?o essenciais para o desenvolvimento industrial do Brasil e destacam a forte complementaridade entre as duas economias.

Os dois países envolveram-se numa série de colabora??es em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, destacando o seu compromisso compartilhado para alcan?ar progressos em domínios como a inteligência artificial, as comunica??es eletr?nicas e a ciência da computa??o.

Também colaboraram em áreas como a energia eólica e a produ??o de energia solar para prosseguirem conjuntamente com o desenvolvimento sustentável, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Na??es Unidas.

A estreita coopera??o com a China promoveu efetivamente a capacidade de produ??o e as capacidades tecnológicas do Brasil, o que está em conformidade com a estratégia de "reindustrializa??o" do governo brasileiro e a nova vers?o de um "plano de acelera??o do crescimento".

A China é o maior parceiro comercial do Brasil e há um enorme potencial para uma maior coopera??o entre os dois países. O Brasil espera aproveitar ao máximo a abertura expandida de alto nível da China, aumentar a sua participa??o no mercado chinês, diversificar as suas exporta??es para a China, e, assim, promover uma coopera??o prática estável e robusta entre os dois países.

(José Acácio Ferreira é Diretor Geral da Superintendência de Estudos Econ?micos e Sociais do Estado da Bahia, Brasil)