O ministro-chefe da Secretaria de Rela??es Institucionais do Brasil, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira que a posi??o do Brasil foi decisiva para as elei??es presidenciais a serem realizadas na Venezuela, e que o governo brasileiro só se pronunciará sobre os resultados das elei??es após a publica??o das atas detalhando os resultados.
Durante o programa de rádio Bom Dia Ministro, produzido pela estatal Empresa Brasil de Comunica??o, Padilha destacou que o Brasil tem sido um mediador desde o início, junto com outros países.
"O que queremos, num país como a Venezuela e todos os nossos vizinhos, é que eles estejam em paz, sem conflitos. Se forem bem na economia, se estiverem bem na situa??o de pacifica??o, sem conflitos, quem mais ganha é o Brasil. Porque o Brasil vende mais do que compra para esses países vizinhos da América do Sul", disse o ministro.
Depois das elei??es presidenciais realizadas no domingo, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) com 51,2%, contra 44,2% do adversário Edmundo González Urrutia. A oposi??o questiona o veredicto.
O ministro Padilha lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que só comentará os resultados quando forem divulgadas as atas dos postos de vota??o.
"O Brasil teve essa atitude desde o início. N?o se apressou em fazer nenhuma declara??o de um lado ou de outro; pelo contrário, adotou uma postura firme, inclusive em conjunto com outros países como México e Col?mbia. O próprio diálogo com o presidente dos Estados Unidos Biden, ontem (ter?a-feira) foi nesse sentido", destacou Padilha.
Na noite de ter?a-feira, o governo brasileiro informou que, em conversa telef?nica, o presidente Lula disse a Biden que a posi??o de seu governo em rela??o à Venezuela é "continuar trabalhando pela normaliza??o do processo político no país vizinho, o que terá efeitos positivos para toda a regi?o".
"O que o Brasil tem dito é que só vai se posicionar e o presidente Lula também só vai se posicionar sobre o resultado (na Venezuela) quando houver ata", reiterou o ministro Padilha.