O Brasil levará para a cúpula do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da Uni?o Europeia e da Uni?o Africana, sua preocupa??o com os efeitos das ondas de calor na saúde humana, afirmou, nesta segunda-feira, a Ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Em um evento no Rio de Janeiro no ambito do G20, que contou com a presen?a dos institutos nacionais de saúde pública dos países membros do bloco, Trindade destacou que as ondas de calor afetam principalmente os idosos e os mais vulneráveis.
"As ondas de calor têm um efeito muito forte na saúde, especialmente nos idosos e mais vulneráveis, e na sociedade como um todo, podendo causar n?o só problemas cardiovasculares e desidrata??o. S?o pontos de preocupa??o e de grande alerta", disse a ministra.
A conferência é a primeira reuni?o de institutos nacionais de saúde pública no ambito do G20, que está sob a presidência temporária do Brasil. No total, s?o mais de 120 institui??es, presentes em uma centena de países. No Brasil, a fun??o de instituto nacional cabe à Funda??o Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A ministra Trindade destacou que as ondas de calor n?o afetam apenas a saúde humana. "Afetam as condi??es de pesca, as condi??es do ar e tudo isso afeta até a possibilidade de uso racional e sustentável da biodiversidade. é um impacto enorme. Por isso é t?o importante que o Brasil se prepare para essa agenda tanto no G20 quanto na COP 30 (Conferência das Na??es Unidas sobre Mudan?as Climáticas, que acontecerá em novembro de 2025 em Belém)", comentou.
A ministra explicou que a preocupa??o com as ondas de calor insere-se em um dos quatro eixos prioritários da conferência dos institutos nacionais de saúde pública: altera??es climáticas e saúde.
Além das altera??es climáticas e da saúde, as outras três quest?es prioritárias s?o: prepara??o e resposta a emergências sanitárias; saúde digital para expandir o acesso à saúde e à integra??o de dados; e equidade no acesso à saúde.
Esta última é considerada por Trindade como uma quest?o "transversal", uma vez que está presente em todas as prioridades.
Sobre a prepara??o para emergências, Nísia Trindade acrescentou que existe uma proposta de "alian?a para a produ??o local e regional de vacinas, medicamentos e garantia de acesso a estes bens de saúde".
A conferência vai até esta quarta-feira no Rio de Janeiro, quando os participantes far?o uma declara??o que será enviada aos ministros da Saúde do G20. O objetivo é que as prioridades cheguem aos chefes de estado na cúpula que será realizada na cidade carioca em novembro.