O satélite CBERS-4A desenvolvido em conjunto pela Academia Chinesa de Tecnologia Espacial em Beijing e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil em S?o Paulo é lan?ado por um foguete transportador chinês Longa Marcha do Centro de Lan?amento de Satélites de Taiyuan, na província de Shanxi, em 20 de dezembro de 2019. (Foto: Zheng Taotao/Xinhua)
Projetistas e engenheiros de naves espaciais da China e do Brasil est?o trabalhando para desenvolver um satélite de sensoriamento remoto que irá obter dados e imagens para servi?os públicos e desenvolvimento econ?mico.
O CBERS-6 está em pesquisa e desenvolvimento na Academia Chinesa de Tecnologia Espacial em Beijing e no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil (INPE) em S?o Paulo, e se tornará o sétimo satélite do programa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS).
Segundo a Administra??o Espacial Nacional da China (CNSA, na sigla em inglês), o satélite de 800 quilos usará estrutura brasileira e será equipado com instrumentos chineses de imagem em micro-ondas, como um radar de abertura sintética de banda X.
Ele está programado para ser lan?ado por volta de 2028 por um foguete transportador chinês Longa Marcha 2C ou 2D do Centro de Lan?amento de Satélites de Taiyuan, na província de Shanxi, no norte da China, e funcionará numa órbita sincronizada com o sol, disse o governo.
O presidente chinês, Xi Jinping, classificou o programa CBERS como um bom exemplo de coopera??o espacial e de alta tecnologia entre os países em desenvolvimento.
Pesquisadores de ambos os órg?os espaciais realizaram diversas reuni?es para discutir quest?es técnicas e chegaram a concenso sobre acordos importantes. Enquanto isso, os dois lados come?aram a trabalhar no projeto conceitual do CBERS-5, que será seguido pelo CBERS-6, observou.
A base para a coopera??o espacial entre a China e o Brasil foi estabelecida em maio de 1984, quando ambos os países assinaram um acordo complementar ao acordo-quadro de coopera??o em ciência e tecnologia.
Quatro anos depois, iniciaram sua coopera??o na área de satélites assinando um protocolo estabelecendo a pesquisa e produ??o conjunta dos Satélites de Recursos Terrestres China-Brasil.
Após vários anos de trabalho árduo, o CBERS-1, o primeiro satélite criado pelo esfor?o conjunto, foi lan?ado em outubro de 1999. O segundo e terceiro satélites — CBERS-2 e CBERS-2B — foram lan?ados em outubro de 2003 e setembro de 2007.
Todos os três primeiros satélites foram aposentados.
O quarto, CBERS-3, foi levantado em dezembro de 2013, mas n?o conseguiu entrar na órbita predefinida devido a problemas de funcionamento do foguete.
O quinto satélite, CBERS-4, lan?ado em dezembro de 2014, e o mais recente desta frota, CBERS-4A, implantado em dezembro de 2019, ainda est?o em opera??o.
Todos os seis satélites CBERS foram lan?ados por foguetes chineses a partir do Centro de Lan?amento de Satélites de Taiyuan.
O programa CBERS gerou e distribuiu milh?es de imagens para usuários na China e no Brasil. Os produtos de dados produzidos pelo programa serviram uma ampla gama de servi?os públicos nos dois países, incluindo levantamentos de recursos terrestres, inspe??es ambientais, pesquisas sobre mudan?as climáticas e preven??o de desastres e previs?es agrícolas.
Rafael Lopes Costa, engenheiro espacial brasileiro do programa CBERS-4A, disse que o satélite e seus antecessores permitiram que seu país fosse mais independente em dados de sensoriamento remoto, acrescentando que os produtos gerados pelos satélites CBERS "s?o muito importantes para o monitoramento do nosso grande território nacional" e para a preserva??o ambiental e outras aplica??es”.
As duas na??es também ofereceram uma grande quantidade de imagens CBERS a outros países e regi?es em desenvolvimento para ajudar no seu desenvolvimento socioecon?mico.
