Consumidores conferem produtos festivos em Nanjing, província de Jiangsu, em 20 de dezembro de 2024. (Foto: Liu Jianhua/China Daily)

A China implementará uma série de medidas específicas para simultaneamente aumentar o consumo e proporcionar benefícios tangíveis à popula??o, depois que os decisores políticos sinalizaram uma mudan?a na prioriza??o da expans?o da procura interna no meio de incertezas externas durante uma recente reuni?o de defini??o de tom, informaram autoridades e analistas.

Os seus comentários foram feitos depois que a Conferência Central de Trabalho Econ?mico anual, realizada em meados de dezembro, identificou a "promo??o vigorosa do consumo" como a principal prioridade da sua agenda política para a segunda maior economia do mundo em 2025.

As condi??es e tendências fundamentais que apoiam a trajetória econ?mica positiva a longo prazo da China n?o mudaram, e o mercado consumidor do país continuará a apresentar uma tendência de crescimento constante no próximo ano, disse He Yongqian, porta-voz do Ministério do Comércio, na quinta-feira (19).

“Impulsionar o consumo e melhorar os meios de subsistência das pessoas andar?o de m?os dadas”, disse ele numa conferência de imprensa, acrescentando que mais medidas políticas est?o em prepara??o para explorar o vasto reservatório de procura inexplorada.

O ministério, juntamente com outros departamentos competentes, abrangerá uma gama mais ampla de produtos de consumo no ambito dos programas de troca, permitindo que mais famílias participem e se beneficiem da iniciativa, disse He.

A política de troca gerou mais de 1 trilh?o de yuans (US$ 137 bilh?es) em vendas de produtos relacionados até 13 de dezembro, contribuindo para a venda de mais de 5,2 milh?es de veículos de passageiros, bem como para a compra de mais de 49 milh?es de unidades de eletrodomésticos, de acordo com os dados do ministério.

A evolu??o das preferências dos consumidores por produtos mais sofisticados, energeticamente eficientes e tecnologicamente avan?ados criaram uma tempestade perfeita para que os programas de troca prosperassem, disse Wen Bin, economista-chefe do China Minsheng Bank.

A primeira onda de crescimento da política de troca veio das áreas urbanas e dos consumidores que est?o bem familiarizados com o programa. No entanto, a verdadeira mina de ouro reside nos mercados rurais, onde a procura de electrodomésticos e de bens duráveis é igualmente forte, mas ainda n?o foi totalmente liberada, disse Wen.

Além disso, a China adotará um conjunto de medidas políticas para promover o desenvolvimento de alta qualidade do consumo de servi?os, disse He.

"Os consumidores gravitam cada vez mais em dire??o a servi?os que proporcionam valor emocional e uma sensa??o de realiza??o, como atividades culturais, turísticas, desportivas e de saúde e lazer", disse Chen Lifen, pesquisador do Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento do Conselho de Estado.

Os dados dos três primeiros trimestres do ano sublinham esta tendência, com o consumo de servi?os per capita entre os residentes chineses crescentdo 7,6% em termos anuais, ultrapassando o aumento de 2% nos gastos totais do consumidor per capita, de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE).

Além disso, a propor??o das despesas de consumo de servi?os no consumo total das famílias aumentou 0,9% em compara??o com o mesmo período do ano passado, representando agora 47% do total das despesas dos consumidores, disse o DNE.

Olhando para o futuro, devem ser realizados esfor?os dedicados para reduzir a lista negativa de acesso ao investimento estrangeiro em áreas como as telecomunica??es, a Internet e os cuidados de saúde, criando oportunidades para os intervenientes internacionais contribuírem para a diversifica??o e atualiza??o das ofertas de servi?os, acrescentou Chen.