A China mais uma vez pede que Filipinas retirem o sistema de mísseis Typhon dos EUA o mais rápido possível, já que a implanta??o do sistema traz o risco de confronto geopolítico e uma corrida armamentista para a regi?o, disse uma porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores da China na quinta-feira (26).
A porta-voz Mao Ning fez os comentários numa coletiva de imprensa diária após o secretário de Defesa das Filipinas, Gilbert Teodoro, tentar justificar a implanta??o do sistema de mísseis Mid-Range Capability pelos EUA no país. Numa declara??o citada pela mídia, Teodoro afirmou que qualquer implanta??o e aquisi??o de ativos relacionados à seguran?a e defesa das Filipinas se enquadram em sua própria prerrogativa soberana e n?o est?o sujeitos a nenhum veto estrangeiro.
Em resposta, Mao disse que a China declarou repetidamente sua firme oposi??o à implanta??o do sistema, acrescentando que o sistema de mísseis Typhon, com capacidades nucleares e convencionais, é uma arma estratégica e ofensiva, em vez de defensiva.
As Filipinas cooperaram com os Estados Unidos na introdu??o do sistema, entregando sua própria seguran?a e defesa nacional a outros, trazendo o risco de confronto geopolítico e uma corrida armamentista para a regi?o, e representando uma amea?a substancial à paz e seguran?a regionais, observou Mao.
"A quais interesses essa mudan?a serve, e quem é o único a falar sobre diplomacia independente? Isso n?o passa de uma situa??o típica de 'dano definido, dano recebido'", avaliou Mao.
A porta-voz disse que as Filipinas assumiram um compromisso claro de que n?o tomar?o partido entre os principais países, nem participar?o de nenhuma a??o contra a China, e n?o têm inten??o de desencadear tens?es regionais. Com isso dito, o lado filipino repetidamente cedeu à implanta??o de for?as militares e à provoca??o de confronto na regi?o por for?as de fora da regi?o, acrescentou Mao.
O lado filipino declarou publicamente que o sistema foi usado apenas para um exercício de rotina e prometeu retirá-lo após o exercício terminar em setembro deste ano, mas depois voltou atrás, dizendo que o país quer implantar permanentemente o sistema de mísseis e está até preparado para obtê-lo. "Isso é desonestidade flagrante", disse Mao.
Os países da regi?o podem ver claramente agora quem está constantemente causando problemas no Mar da China Meridional, quem está cooperando com for?as de fora da regi?o para exibir for?a militar e quem está cometendo a??es ilegais sob a bandeira do direito internacional, observou Mao.
A única maneira correta de salvaguardar a seguran?a nacional é aderir à independência estratégica, à amizade de boa vizinhan?a e ao desenvolvimento pacífico, enfatizou Mao. "Mais uma vez, pedimos às Filipinas que honrem seus compromissos anteriores e retirem o sistema de mísseis o mais rápido possível, conforme exigido pelos países regionais, e parem de seguir o caminho errado", disse ela.
"Certos indivíduos nas Filipinas devem corrigir sua compreens?o da quest?o, refletir sobre si mesmos, parar de confundir o certo com o errado e culpar os inocentes", disse o porta-voz.
"Alertamos o lado filipino de que a China nunca ficará parada enquanto seus interesses de seguran?a forem colocados em risco ou amea?ados, e se as Filipinas insistirem em seu curso de a??o atual, acabar?o atirando no próprio pé", alertou Mao.