Chamar os la?os econ?micos entre a China e os Estados Unidos de "roubo" e buscar reciprocidade absoluta no comércio vai contra o bom senso econ?mico mais básico, disse na segunda-feira Mao Ning, porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores da China, pedindo que os Estados Unidos acabem com a guerra comercial norte-americana.
A porta-voz fez as observa??es em resposta a uma pergunta sobre as repetidas acusa??es do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, de que a economia da China é excessivamente dependente das exporta??es e de que o lado norte-americano busca rela??es comerciais justas e recíprocas.
Em uma coletiva de imprensa diária, Mao disse que o comércio entre a China e os EUA, como está agora, é o resultado das for?as do mercado com vários fatores em jogo, incluindo as estruturas econ?micas e as políticas comerciais dos dois países, bem como a posi??o do dólar norte-americano.
A China nunca busca um superávit comercial e, na realidade, os Estados Unidos têm se beneficiado significativamente do comércio com a China, acrescentou ela.
"Se você observar o detalhamento das estatísticas, as exporta??es de empresas norte-americanas sediadas na China também s?o contabilizadas como superávit comercial da China. Os produtos de alta qualidade a custo reduzido exportados pela China para os Estados Unidos aumentaram essencialmente o poder de compra dos consumidores norte-americanos e criaram uma enorme quantidade de empregos nos Estados Unidos, especialmente em setores como transporte, atacado, varejo e comércio eletr?nico", disse Mao, acrescentando que os Estados Unidos continuam a ter um enorme superávit no comércio de servi?os.
Ela observou que os la?os comerciais e econ?micos entre a China e os EUA beneficiam ambos os lados. "Se um estivesse roubando o outro, os la?os n?o poderiam ter chegado t?o longe como vemos hoje."
A porta-voz enfatizou que rotular os la?os econ?micos de "roubo" e exigir reciprocidade absoluta desafia a lógica econ?mica básica, e aqueles que fazem isso est?o subestimando o julgamento das empresas e dos consumidores dos EUA.
"Já se passaram anos e anos desde que os Estados Unidos iniciaram a guerra comercial contra o resto do mundo, mas isso n?o impediu que o déficit comercial dos EUA aumentasse e chegasse a US$ 918,4 bilh?es no ano passado", indicou Mao, observando que, seja uma guerra tarifária ou comercial, elas invariavelmente come?am prejudicando os outros antes de voltar para prejudicar quem as iniciou.
é hora de os Estados Unidos aprenderem a li??o e acabarem com essa prática errada, acrescentou a porta-voz.