"A China fez um estudo aprofundado para chegar a uma conclus?o de n?o ser muito ambiciosa, mas de acordo com a realidade", disse Maria Gustava, embaixadora de Mo?ambique na China, ao analisar como o equilíbrio entre metas realistas e compromisso global posiciona o país como ator central na governan?a internacional.

Em uma recente entrevista à Rádio Internacional da China, a diplomata, testemunha da evolu??o chinesa desde 2018, destacou a abordagem pragmática do relatório de trabalho do governo chinês recém-aprovado. A proje??o de um crescimento econ?mico de 5% para 2025, contextualizado num cenário global de turbulências, reflete, segundo Gustava, uma análise profunda que responde n?o apenas às necessidades internas, mas às dinamicas da arena internacional.

A China demonstra sua capacidade de adapta??o e compromisso com o bem-estar do povo, ao mesmo tempo que serve de exemplo para outras na??es, sobretudo para os países do Sul Global. Essa postura pragmática reafirma que o desenvolvimento sustentável se apoia na promo??o do diálogo e na resolu??o pacífica de conflitos, evitando a escalada militarista e priorizando o avan?o econ?mico e social, segundo a diplomata.

Sobre os pilares do desenvolvimento chinês, Gustava ressaltou as notáveis conquistas, como a redu??o da pobreza, considerada a principal adversária de qualquer sociedade, a evolu??o para um modelo de desenvolvimento orientado pela qualidade, e os avan?os educacionais.

"O que impressiona é como os planos respondem diretamente às necessidades do povo -- melhorar vidas, garantir felicidade e integrar jovens na economia global", sublinhou.

No campo das rela??es bilaterais, a expectativa é de que a coopera??o entre China e Mo?ambique se intensifique neste novo ciclo. A embaixadora destacou o desejo de ver mais investimentos chineses em solo mo?ambicano, um comércio mais dinamico, especialmente no setor agrícola e a moderniza??o dos portos, que posicionam Mo?ambique como uma porta de entrada estratégica para a áfrica Austral.

Ademais, iniciativas na área da economia azul, refor?adas por parcerias em pesquisa, educa??o e treinamento técnico, ilustram o potencial transformador dessa coopera??o para toda a regi?o.