Os países-membros do BRICS planejam aprimorar a governan?a e a coopera??o energética para torná-la mais inclusiva e sustentável, disse o ministro brasileiro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na última quinta-feira, durante a abertura da 2a Reuni?o de Energia do BRICS, presidida pelo Brasil, em Brasília.

"é nossa responsabilidade encontrar um equilíbrio entre seguran?a energética, desenvolvimento sustentável e a transi??o para um futuro de baixo carbono", disse ele.

Silveira destacou as prioridades do país na lideran?a do bloco, principalmente no que se refere a uma transi??o energética justa e inclusiva, além do combate à pobreza energética por meio da amplia??o do acesso aos servi?os energéticos.

Entre as miss?es da presidência brasileira está a ado??o de uma agenda de lideran?a climática, incluindo uma declara??o sobre financiamento climático.

"A expans?o do bloco ressalta nossa relevancia e nos convoca a fortalecer o Sul Global. Ela exige melhorar a governan?a da coopera??o energética para torná-la mais inclusiva e sustentável. Precisamos coordenar nossas a??es e garantir que a integra??o de novos membros fortale?a nossas capacidades e expanda nossas oportunidades", afirmou.

O ministro afirmou que compartilhar boas práticas e desenvolver projetos conjuntos s?o medidas que podem consolidar o BRICS como um ator-chave na governan?a global. Segundo ele, financiar a transi??o energética é um desafio central, assim como avan?ar na discuss?o de quest?es estratégicas e de fronteira.

"Recursos ser?o necessários para permitir investimentos em infraestrutura, energia renovável e pesquisa de minera??o para entregar as cadeias essenciais para a transi??o. Sem financiamento adequado, a transforma??o de nossos sistemas de energia será mais lenta e desigual. Juntos, podemos encontrar as melhores solu??es para o desafio de garantir maior estabilidade e seguran?a energética", disse ele.

Ainda há milh?es de pessoas nos países do BRICS sem acesso adequado à eletricidade e aos servi?os modernos de energia.

Para combater a pobreza energética, o ministro enfatizou a importancia de desenvolver iniciativas de eletrifica??o rural, cozinha limpa e eficiência energética para que a transi??o energética também seja inclusiva e socialmente justa. "Uma política energética verdadeiramente sustentável só pode ser aquela que coloca as pessoas em primeiro lugar", disse ele.

Silveira concluiu que o BRICS tem tudo o que precisam para liderar o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis, destacando o potencial de implementar diferentes solu??es e escalar diferentes caminhos tecnológicos, acelerando a descarboniza??o de setores estratégicos como transporte e indústria.

Com a expans?o ocorrida no ano passado, o BRICS agora tem 11 membros: Brasil, Rússia, índia, China, áfrica do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados árabes Unidos, Etiópia, Ir? e Indonésia.