
O ministro da Agricultura do Brasil, Carlos Fávaro, afirmou que o país está "prestes a abrir o mercado chinês para DDG". A sigla DDG refere-se a gr?os secos de destilaria (Distillers Dried Grains), que s?o um subproduto da produ??o de etanol, obtido a partir de gr?os e utilizado na ra??o animal, como milho.
Durante seu discurso na 2a Conferência Internacional Unem Datagro sobre Etanol de Milho, realizada em Cuiabá (capital regional do Mato Grosso, no centro-oeste do Brasil), Fávaro afirmou que a abertura do mercado chinês tornará o setor "mais sustentável".
"Atualmente, 18 mercados importam nosso DDG, 14 dos quais foram abertos recentemente, como México, Reino Unido, Canadá e Vietn?", explicou Fávaro. "Continuamos avan?ando com um grande objetivo: abrir o mercado chinês, o que garantirá uma sustentabilidade ainda maior para este setor", acrescentou.
Gr?os Secos de Destilaria (DDG) s?o resíduos da produ??o de etanol e s?o usados principalmente como insumo na alimenta??o animal.
Fávaro afirmou ainda que o Brasil está se consolidando como líder global na produ??o de biocombustíveis, destacando a complementaridade entre os setores agrícola e energético. Ele observou que a expans?o da mistura de etanol na gasolina beneficiará tanto produtores quanto consumidores. "O campo se tornou a nova Petrobras", disse ele, referindo-se à estatal petrolífera.
Em rela??o ao comércio exterior, o ministro destacou os avan?os recentes na abertura de mercados para carne bovina. "Na semana passada, demos um passo muito importante com a abertura do mercado japonês e conquistamos a t?o sonhada autoriza??o para exportar para o mercado vietnamita, que consome 300 mil toneladas por ano, o que representa quase 10 bilh?es de reais (US$ 2 bilh?es)", afirmou.
Fávaro também comemorou a assinatura de um memorando de entendimento com o Jap?o para aumentar a participa??o do etanol na matriz energética do país asiático. "Assinamos um compromisso de que, até 2030, o Jap?o aumentará o uso de etanol na gasolina em 10% e, até 2040, esse percentual subirá para 20%", explicou.
Segundo o ministro, o mercado internacional de biocombustíveis deve continuar em expans?o, impulsionando novos investimentos no setor. "A nova OPEP será construída no campo, principalmente aqui no Brasil", concluiu.