Encomendar comida para viagem, beber chá de leite e pedir carona s?o rotinas diárias familiares aos consumidores chineses e agora cada vez mais comuns no Brasil, à medida que as empresas chinesas ampliam sua presen?a nos setores.
A cerca de 18.000 quil?metros da China, as empresas chinesas est?o aumentando seus investimentos no Brasil, com o objetivo de recriar "um dia na vida de um cidad?o chinês" para os consumidores locais.
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva testa um veículo produzido pelo Great Wall Motor da China, em 12 de maio de 2025.
O Brasil possui um grande e emergente mercado de consumidores. Como a maior economia da América Latina, o Brasil tem uma popula??o de mais de 200 milh?es, com aproximadamente 70% na faixa etária de 15 a 64 anos. Em 2024, seu PIB per capita atingiu cerca de US $ 10.000.
Conhecida por seu pesado uso de smartphones, o Brasil tem 86,2% de penetra??o na Internet, com o uso médio diário de celular chegando à cinco horas. Empresas de Internet chinesas, armadas com algoritmos avan?ados e experiência operacional, veem um forte potencial de expans?o no mercado brasileiro.
O Brasil oferece forte potencial de crescimento e complementaridade industrial com a China, e os la?os bilaterais amigáveis têm grande promessa, disse Bai Ming, pesquisador da Academia Chinesa de Comércio Internacional e Coopera??o Econ?mica, em entrevista à China News Network.
Atualmente, as empresas de tecnologia chinesas est?o acelerando os esfor?os para estabelecer equipes operacionais locais no Brasil.
A Keeta, o Servi?o de Entrega de Alimentos do provedor de servi?os de vida on-line chinesa Meituan, anunciou que planeja investir US $ 1 bilh?o no Brasil nos próximos cinco anos. Além de construir uma rede de entrega sob demanda, a empresa pretende fornecer aos parceiros locais ferramentas de opera??o digital. Esse movimento representa n?o apenas um grande investimento de capital, mas uma profunda integra??o de ecossistemas tecnológicos.
O mercado do Brasil é altamente complementar às indústrias chinesas. Nos campos de energia e fabrica??o, as metas de atualiza??o industrial do Brasil se alinham de perto com as da China.
O Brasil possui projetos abundantes de energia eólica e solar, mas carece de pesquisadores e equipamentos suficientes. A China tem uma clara vantagem em novas tecnologias de energia e talento qualificado, que atende perfeitamente às necessidades do Brasil, explicou uma fonte.
Atualmente, mais de 85% da eletricidade do Brasil vem de fontes renováveis, com os mercados de energia solar e eólica crescendo rapidamente. Para apoiar sua transi??o para uma economia de baixo carbono, o Brasil implementou o Plano Nacional de Energia 2050, que se alinha bem à expans?o global dos novos três setores da China: veículos de novas energias, baterias de lítio e produtos fotovoltaicos.
Nos últimos anos, empresas chinesas como Powerchina e China General Nuclear Power Group investiram em projetos fotovoltaicos no Brasil, trazendo tecnologias chinesas para o mercado local.
No setor manufatureiro, a fábrica dos grandes motores de parede da China no Brasil deve iniciar opera??es em julho deste ano, com planos de estabelecer um centro de P&D e um centro de fabrica??o. A BYD e a Jac Motors também est?o intensificando seus investimentos neste sexto maior mercado automotivo do mundo.
As empresas chinesas est?o profundamente envolvidas na reformula??o da Funda??o Econ?mica do Brasil, impulsionando ainda mais o desenvolvimento da América Latina com produtos e tecnologias de alta qualidade. A internacionaliza??o das empresas chinesas n?o é apenas sobre exportar o modelo chinês, mas sobre co-criar um novo paradigma global.