Velejadores pescam camar?o na Baía de Notsuke, perto de Betsukai, em Hokkaido, norte do Jap?o, na manh? de 30 de junho de 2025. [Foto: VCG]
A China retomou condicionalmente as importa??es de produtos aquáticos de certas regi?es do Jap?o, mas tomará medidas imediatas para restringir tais importa??es caso algum risco seja identificado, informou o Ministério das Rela??es Exteriores chinês na segunda-feira (30).
Mao Ning, porta-voz do ministério, afirmou que a decis?o foi tomada de acordo com as leis e regulamentos chineses, bem como com as regras do comércio internacional, e se baseia em evidências científicas e em análises e pesquisas criteriosas.
Mao fez os comentários numa coletiva de imprensa diária em Beijing, um dia após a Administra??o Geral das Alfandegas (AGA) anunciar no domingo (29) que, com efeito imediato, a China retomará as importa??es de frutos do mar de algumas regi?es japonesas.
As autoridades chinesas continuar?o fortalecendo as medidas regulatórias para garantir a seguran?a alimentar da popula??o, disse ela, enfatizando que, caso algum risco seja detectado, as restri??es de importa??o necessárias ser?o aplicadas imediatamente, de acordo com a lei.
A China proibiu a importa??o de todos os produtos do mar japoneses em agosto de 2023, logo após o Jap?o iniciar a liberar grandes quantidades de águas residuais radioativas tratadas de sua Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, desativada, no Oceano Pacífico.
Antes da proibi??o, o continente chinês era o maior mercado externo para produtos do mar japoneses, seguida pela Regi?o Administrativa Especial de Hong Kong.
A pedido veemente da China e da comunidade internacional, o Jap?o aceitou o monitoramento internacional das descargas de Fukushima e a coleta e monitoramento independentes por parte da China, afirmou Mao, acrescentando que o Jap?o prometeu garantir a implementa??o contínua dessas atividades de monitoramento.
A China e o Jap?o realizaram várias rodadas de consultas com base nisso, e o Jap?o prometeu tomar uma série de medidas confiáveis e visíveis para garantir a qualidade e a seguran?a dos produtos aquáticos exportados para a China, bem como fortalecer a supervis?o, observou ela.
Quando questionada se a retomada das importa??es de produtos aquáticos japoneses significa que a China aprovou a seguran?a das descargas de Fukushima, Mao reiterou que a oposi??o da China às descargas oceanicas do Jap?o permanece inalterada.
A robusta supervis?o internacional das descargas foi fortalecida como resultado direto da posi??o inabalável e das iniciativas construtivas da China, afirmou ela.
A China continuará a trabalhar com a comunidade internacional para instar o Jap?o a transpor seus compromissos em a??es práticas de longo prazo e controlar efetivamente os riscos representados pelas descargas, acrescentou.
De acordo com o anúncio feito pela AGA no domingo, produtos do mar de 10 prefeituras japonesas — Fukushima, Gunma, Tochigi, Ibaraki, Miyagi, Niigata, Nagano, Saitama, Tóquio e Chiba — permanecer?o proibidos de entrar na China.
Questionada sobre quando a China poderia retomar a importa??o de produtos aquáticos dessas 10 regi?es, Mao afirmou que o governo chinês sempre adotou uma atitude altamente responsável em rela??o à seguran?a alimentar da popula??o. A China continuará a formular políticas relevantes baseadas em princípios científicos e de seguran?a, acrescentou.