A China e a Fran?a devem defender o multilateralismo e salvaguardar as regras do livre comércio diante da intimida??o unilateral que afeta negativamente a ordem internacional, disse o ministro das Rela??es Exteriores da China, Wang Yi, nesta sexta-feira.

Wang, também membro do Bir? Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, fez as observa??es durante conversas com o ministro das Rela??es Exteriores da Fran?a, Jean-Noel Barrot.

Sob a orienta??o estratégica dos dois chefes de Estado, a China e a Fran?a mantiveram intercambios de alto nível, fortaleceram a coordena??o estratégica e aumentaram a compreens?o e a confian?a mútuas, observou Wang.

Os dois lados realizaram com sucesso reuni?es do mecanismo de diálogo de alto nível China-Fran?a sobre intercambios entre pessoas, pedindo o aproveitamento dos pontos fortes de ambas as civiliza??es para promover o aprendizado mútuo e quebrar as barreiras criadas artificialmente, disse ele.

Este ano marca o 80o aniversário da vitória na Guerra Antifascista Mundial e da funda??o das Na??es Unidas. Nos últimos 80 anos, a China e a Fran?a fizeram escolhas estratégicas corretas em várias conjunturas históricas críticas, influenciando e moldando conjuntamente o desenvolvimento global, o que demonstra que as rela??es China-Fran?a s?o estratégicas e voltadas para o futuro, disse ele.

Em um momento em que a intimida??o unilateral afeta negativamente a ordem internacional, a China e a Fran?a, como membros permanentes do Conselho de Seguran?a da ONU e principais países independentes, devem mais uma vez abra?ar sua miss?o do tempo, defender a prática do multilateralismo, salvaguardar as regras do livre comércio e trabalhar juntas para assumir a responsabilidade pela paz mundial, contribuir para o desenvolvimento global, e promover o progresso humano, disse Wang.

Ele também expressou sua cren?a de que o lado francês continuará a aderir ao princípio de Uma Só China e a salvaguardar a base política das rela??es bilaterais.

A China e a Fran?a estabeleceram um mecanismo de coordena??o rápida de toda a cadeia "da fazenda francesa à mesa de jantar chinesa", demonstrando a coopera??o prática de alto nível entre os dois lados, disse Wang, expressando a esperan?a de que a Fran?a trabalhe com a China na mesma dire??o e amplie o bolo da coopera??o.

Wang pediu que os dois lados continuem aprofundando a coopera??o em campos-chave tradicionais, como energia nuclear, avia??o e aeroespa?o, e expandam a coopera??o em áreas emergentes, como inteligência artificial, energia verde, biotecnologia e economia prateada.

A China incentiva as empresas chinesas competitivas a investirem na Fran?a e espera que o lado francês forne?a um ambiente de negócios justo, transparente, n?o discriminatório e previsível para elas, disse ele.

A China e a Uni?o Europeia (UE) resolveram a quest?o do conhaque por meio de consultas amistosas, o que demonstrou plenamente a capacidade dos dois lados de lidar adequadamente com os atritos, disse Wang, expressando a esperan?a de que a Fran?a, como uma importante potência essencial na UE, defensora do livre comércio e líder na transi??o verde, desempenhe um papel construtivo ao instar a UE a resolver as diferen?as no mesmo espírito.

Por sua vez, Barrot disse que, na complicada situa??o internacional de hoje, as rela??es Fran?a-China e UE-China devem fornecer for?as mais estabilizadoras e racionais para o mundo, observando que a Fran?a e a China mantiveram intercambios estreitos de alto nível e alcan?aram resultados positivos na coopera??o prática e nos intercambios entre pessoas.

Tanto a Fran?a quanto a China defendem o multilateralismo, e a Fran?a espera fortalecer a comunica??o e a coopera??o com a China para enfrentar conjuntamente os desafios globais, disse ele.

O governo francês segue a política de Uma Só China e essa posi??o permanece inalterada. A Fran?a atribui grande importancia à parceria UE-China e espera aproveitar o 50o aniversário do estabelecimento de rela??es diplomáticas entre a UE e a China como uma oportunidade para aprofundar a coopera??o, acrescentou.

Os dois lados também trocaram opini?es sobre a crise na Ucrania e a quest?o nuclear iraniana.