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Trump intensifica press?o sobre o Brasil e desafia seu sistema democrático, alerta especialista

Fonte: Xinhua    31.07.2025 13h41

A recente ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil, que combina amea?as comerciais com desafios diretos ao sistema judiciário do país sul-americano, representa um risco à estabilidade democrática e exige uma resposta internacional coordenada para conter a escalada tarifária global, disse à Xinhua Carlos Poggio, professor de Rela??es Internacionais da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de S?o Paulo.

O especialista, com vasta experiência em política externa dos EUA e da América Latina, explicou em entrevista que a estratégia de Trump tem um caráter político que transcende o comércio. "Há meses, o presidente dos EUA vem usando tarifas como instrumento de press?o, n?o apenas para negociar vantagens econ?micas, mas também para tentar influenciar decis?es soberanas de outros países. No caso do Brasil, o ataque é direcionado ao nosso sistema judiciário, em retalia??o aos processos que Jair Bolsonaro enfrenta por crimes contra a democracia e o Estado de Direito", observou.

Economicamente, o Brasil tem poder de barganha limitado em rela??o a Washington. Pouco mais de 10% de suas exporta??es v?o para os Estados Unidos, enquanto apenas 1% das importa??es americanas vêm do Brasil. Isso dificulta o enfrentamento, de forma isolada, do impacto das tarifas anunciadas por Trump, que no caso do Brasil ultrapassam 35% sobre diversos produtos.

No entanto, Poggio sustentou que o desafio imposto por Washington n?o é exclusivo do Brasil. "Estamos falando de uma política tarifária que impacta grande parte do mundo. Países como México, Canadá, Coreia do Sul, Jap?o, áfrica do Sul e até mesmo a Uni?o Europeia têm sido amea?ados com tarifas de 25% a 50%, em alguns casos mais altas", explicou.

Diante desse cenário, o acadêmico prop?e uma resposta conjunta dos países afetados, capaz de impor custos reais à economia americana e for?ar negocia??es. "Se Brasil, México, Canadá, Coreia do Sul e outros Estados agirem em conjunto e aplicarem tarifas retaliatórias destinadas a afetar setores estratégicos, a press?o política interna sobre Trump aumentará. Os Estados Unidos poderiam amea?ar medidas ainda mais extremas num primeiro momento, mas, cedo ou tarde, teriam que encontrar uma saída sem serem humilhados diante de seu próprio eleitorado", explicou.

Para Poggio, o que está em curso é uma "guerra comercial global" promovida pela Casa Branca. Embora a Organiza??o Mundial do Comércio (OMC) tenha perdido sua capacidade de media??o, uma coaliz?o de países poderia atuar como contrapeso, impedindo que a política unilateral dos EUA se torne a norma.

"N?o se trata de intensificar o conflito, mas sim de demonstrar que a imposi??o de tarifas injustificadas tem um custo elevado. Se regras razoáveis para o comércio internacional forem restabelecidas, todos os países se beneficiam e evita-se um impacto maior no crescimento global, que já está sendo afetado pela incerteza", afirmou. Segundo estudos citados pelo especialista, o prolongamento dessa guerra comercial pode reduzir significativamente o Produto Interno Bruto (PIB) global e desestimular investimentos em diversos setores estratégicos.

Além das consequências econ?micas, Poggio insistiu que a verdadeira amea?a ao Brasil é política. Em sua opini?o, os ataques de Trump às decis?es do sistema judiciário brasileiro buscam minar a credibilidade de suas institui??es e fortalecer a narrativa de que Bolsonaro e seus aliados est?o sendo perseguidos.

"A press?o internacional n?o pode ser usada como arma para enfraquecer nossas institui??es democráticas. A defesa da soberania passa a ser abra?ada por diferentes setores políticos no Brasil, pois se percebe que o que está em jogo n?o é apenas uma disputa comercial, mas a integridade do sistema democrático", afirmou.

"Atuando sozinhos, somos pequenos em compara??o aos Estados Unidos. Unidos, podemos n?o apenas resistir às tarifas, mas também enviar uma mensagem clara: as decis?es soberanas de nossos sistemas judiciário e político n?o s?o moeda de troca em uma negocia??o comercial. A defesa da democracia deve ser um limite inegociável", concluiu Poggio.

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