Nos Jogos Mundiais de Rob?s Humanoides 2025, os primeiros de seu tipo em todo o mundo, que terminaram no domingo em Beijing, o t?o esperado futsal de rob?s viu o time Tsinghua Hephaestus, da China, sair vitorioso, derrotando a equipe conjunta dos alem?es HTWK Robots e Nao Devils e conquistando o campeonato. A Mountain & Sea, da Universidade Agrícola da China, venceu a Sweaty, da Alemanha, na final de futebol de três rob?s por equipe.

Os jogos de rob?s come?aram na quinta-feira, com 280 equipes de 16 países competindo em 26 eventos em categorias como competi??o, exibi??o e eventos baseados em cenários. Esse choque de metal, chip e algoritmo forneceu uma vitrine pública e uma plataforma de intercambio técnico para o campo emergente da inteligência incorporada representada por rob?s humanoides.

CENáRIO DE TESTE FINAL

A competi??o incluiu eventos como 100m, 400m, 1500m, salto em distancia em pé, ginástica livre e futebol. A exposi??o contou com dan?a individual e em grupo, bem como wushu, enquanto eventos baseados em cenários simularam cenários do mundo real, como fábricas, hospitais e hotéis. Juntos, esses desafios serviram como o teste final para rob?s humanoides.

No centro do ringue de boxe do estádio, dois rob?s G1 da Unitree se enfrentaram em uma luta emocionante. Com cerca de 130cm de altura e pesando cerca de 35kg, eles vestiram luvas e capacetes de boxe profissionais. Espelhando lutadores humanos, os rob?s trocaram ganchos de esquerda e direita, executaram chutes laterais e joelhadas e se esquivaram agilmente dos golpes recebidos. Mesmo quando derrubados, eles se levantaram sem ajuda e continuaram a luta.

Deng Huasheng, da Unitree, disse que nos esportes de combate freestyle, a durabilidade do hardware é t?o crucial quanto os algoritmos de software. "Se a estrutura n?o resistir a impactos, ela se desfará. E se o algoritmo de equilíbrio falhar, mesmo um leve empurr?o pode derrubar o rob?."

Na final do futsal e na final do futebol de três por lado, as quatro equipes colocaram em campo rob?s T1 da Booster Robotics, com sede em Beijing. Esses rob?s podem avaliar de forma aut?noma seus arredores e executar a??es complexas, como trotar, desarmar, atacar, chutar e se defender inteiramente por conta própria. Conseguir isso requer n?o apenas hardware leve, mas resiliente, capaz de suportar impactos, mas também percep??o sofisticada em tempo real, controle de movimento avan?ado, tomada de decis?o cognitiva e coordena??o multiagente perfeita.

De acordo com Zhao Weichen, vice-presidente da Booster Robotics, o futebol de rob?s representa o campo de teste universal mais fundamental para a tecnologia. As capacidades aprimoradas pelos rob?s humanoides em cenários de futebol, como mobilidade, algoritmos de percep??o, posicionamento e navega??o, bem como lógica de tomada de decis?o, têm potencial para aplica??es no mundo real, tanto na vida cotidiana quanto em cenários profissionais.

JOVENS TALENTOS

Ao lado dos atletas robóticos, os operadores humanos que trabalhavam nos bastidores também chamaram grande aten??o, principalmente porque a maioria eram estudantes universitários e jovens engenheiros na faixa dos 20 e 30 anos, com alguns ainda no ensino médio.

Durante a cerim?nia de abertura, o porta-bandeira de 14 anos de uma escola secundária do primeiro ciclo em Beijing se tornou o mais jovem engenheiro participante. Três equipes compostas por alunos do ensino médio do primeiro ciclo e do segundo ciclo também competiram nos eventos de futebol.

Jovens talentos de vários países têm se dedicado ao desenvolvimento da robótica humanoide. A maioria s?o entusiastas de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) ou estudantes universitários com especializa??o em áreas como matemática, engenharia mecanica, eletr?nica, ciência da computa??o e comunica??es. Durante as competi??es, eles solucionaram problemas de rob?s com defeito no local, conectando laptops para ajustar os parametros do software com a precis?o e o foco de um experimento de laboratório.

A vantagem de talento da China é um fator-chave no avan?o da robótica humanoide. Zhou Changjiu, presidente da Confedera??o ásia-Pacífico RoboCup e um dos co-organizadores dos jogos, observou que a China tem uma cultura que valoriza profundamente a educa??o STEM. Tanto os pais quanto a sociedade d?o grande ênfase ao STEM, com muitas crian?as participando ativamente de competi??es, criando um ambiente cultural e social único que promove o desenvolvimento de talentos.

De acordo com documentos de política revelados em maio deste ano, a China estabelecerá um sistema educacional de IA em camadas abrangendo escolas primárias e de ensino médio para orientar os alunos da consciência cognitiva fundamental à inova??o tecnológica prática.

PLATAFORMA ABERTA GLOBAL

Os jogos também forneceram uma plataforma para pesquisadores globais de robótica humanoide trocarem ideias, permitindo que engenheiros de vários países se familiarizassem com os rob?s mais recentes e refinassem seus algoritmos.

Na competi??o de futebol, mais de 10 equipes internacionais de países como Brasil, Alemanha, Jap?o, Malásia, Austrália, Itália, Tailandia e Indonésia usaram rob?s T1 da Booster Robotics, com sede em Beijing. Na RoboCup 2025 realizada no Brasil em julho deste ano, duas equipes chinesas fizeram história usando esses rob?s T1, conquistando os títulos de campe?o e vice-campe?o na categoria de tamanho adulto.

De acordo com Jo?o Victor, membro do time de futebol RoboFEI do Brasil, foi a primeira vez que ele usou o Booster Robotics T1, e os rob?s foram incríveis. Sua equipe poderia conversar com outras equipes de todo o mundo e aprender novas táticas na competi??o.

Zhao Weichen disse que a Booster Robotics aumentou o investimento em sistemas operacionais e ferramentas de desenvolvimento tudo-em-um, tornando mais fácil para outros usuários fazerem o desenvolvimento secundário.

Gra?as ao design modular e legível, os desenvolvedores podem usar as ferramentas de desenvolvimento integradas para migrar rapidamente algoritmos entre diferentes marcas de rob?s. Por exemplo, na RoboCup 2025 no Brasil, uma equipe alem? implantou rapidamente os algoritmos de seu rob? original no Booster Robotics K1 e acabou vencendo o campeonato na categoria de pequeno porte, acrescentou Zhao.

De acordo com Zhou, os jogos serviram como plataforma e vitrine, demonstrando ao mundo as vantagens da China no setor de robótica humanoide, desde a cadeia industrial e hardware de rob?s até uma grande base de usuários. Também mostrou aos desenvolvedores globais que, ao cooperar com a China, eles podem integrar o hardware de primeira linha do país com seus próprios algoritmos para resolver diversos desafios.

"Estou realmente animado com o fato de a China estar sediando os primeiros Jogos Mundiais de Rob?s Humanoides. é fazer história. Daqui a uma ou duas décadas, olharemos para trás e reconheceremos isso como o nascimento das Olimpíadas de rob?s. Assim como os Jogos Olímpicos se originaram na Grécia Antiga, as gera??es futuras ver?o Beijing como o ber?o das Olimpíadas de rob?s modernos", disse ele.