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Recordando a história, abra?ando um futuro de paz- a reflex?o de um jovem brasileiro sobre a Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agress?o Japonesa

Fonte: Diário do Povo Online    21.08.2025 15h30

Por Pedro Loeher

Visitantes defronte do Museu da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agress?o Japones. (Foto: Pedro Loeher)

Este ano, a China celebra sua resistência contra um dos episódios mais brutais de agress?o de sua história. Entre 1931 e 1945, o país enfrentou talvez um dos momentos mais difíceis que qualquer na??o já ousou encarar.

Olhar para esse trauma como estudante estrangeiro me dá uma vis?o diferente. Vindo do Sul Global, consigo perceber com clareza as cicatrizes que marcam onde as garras da domina??o colonial tentaram um dia se fincar.

Na minha busca por compreender melhor a China, encontrei um capítulo sombrio cujas dimens?es eu n?o conhecia totalmente: a agress?o japonesa.

O slogan exposto no museu, que significa literalmente "Jurar até a morte nunca ser escravo de uma na??o conquistada". (Foto: Pedro Loeher)

Eu diria que nossa localidade desempenha um papel fundamental em nossa falta de conhecimento sobre esse assunto, já que — geograficamente — somos um país ocidental e, portanto, sob influência sociopolítica do Ocidente. Mas isso significaria ignorar as consequências de anos de revisionismo histórico e do apagamento sistemático do terrível papel desempenhado pelo Jap?o do final do Século XIX até meados do Século XX. Ainda assim, isso n?o muda o fato de que temos uma perspectiva enviesada em rela??o à Segunda Guerra Mundial, sendo o ataque a Pearl Harbor o exemplo mais citado da a??o japonesa — sem qualquer men??o digna de nota às atrocidades que já vinham acontecendo na China muito antes da guerra estourar no Ocidente.

Estudar e falar sobre guerras e suas consequências é crucial n?o apenas para a memória de uma na??o, mas também para compreender como essas intera??es complexas e violentas moldaram o mundo em que vivemos hoje. Nesse sentido, mesmo sendo um tema delicado, compartilho de uma perspectiva semelhante à da historiadora Margaret MacMillan: “Podemos preferir desviar o olhar daquilo que é tantas vezes um assunto sombrio e deprimente, mas n?o deveríamos fazê-lo”. Essa frase ecoou na minha cabe?a enquanto caminhava pelo Museu da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agress?o Japones, onde cada escultura transmite um sentimento único — desde os horrores que o povo chinês enfrentou durante a guerra até o seu espírito indomável de salva??o nacional.

Pintura a óleo no Museu da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agress?o Japones, retrata a cerim?nia de rendi??o do Jap?o, realizada em Nanjing, em 9 de setembro de 1945. (Foto: Pedro Loeher)

é por isso que acredito que produ??es culturais, como o drama histórico “Dead to Rights”, s?o de suma importancia. Ao contrário da cren?a ocidental de que tais obras alimentam a raiva e a animosidade entre a China e o Jap?o, na verdade elas constituem parte indissociável da identidade nacional do povo chinês. O filme transmite a dura realidade da guerra, mostrando que a brutalidade dos conflitos é enfrentada tanto por soldados quanto por civis. A experiência de assisti-lo — combinada à minha visita prévia ao Museu da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agress?o Japonesa — ampliou minhas perspectivas em rela??o a essa período histórico.

Em 2025, completam-se 80 anos de dois marcos globais: a vitória na Guerra Mundial Antifascista e a funda??o das Na??es Unidas. De uma perspectiva histórica, oitenta anos n?o é tanto tempo assim — na verdade, representam uma distancia relativamente curta no caminho percorrido pela China —, o que torna a tarefa de lembrar e honrar o sacrifício do povo chinês pela Guerra Mundial Antifascista ainda mais importante.

Num mundo onde criminosos de guerra de Classe A ainda s?o venerados e seus sucessores no governo permanecem em silêncio diante da necessidade de encarar seus erros passados, é importante n?o apenas que os chineses defendam seu legado de luta, mas também que nós, membros do Sul Global, ajudemos a manter viva a memória desse passado n?o t?o distante. Como disse George Santayana: “Aqueles que n?o conseguem lembrar o passado est?o condenados a repeti-lo”. Assumir os erros — e, sobretudo, impedir que eles voltem a acontecer — é o único caminho para que possamos vislumbrar um futuro pacífico e continuar trilhando, juntos, nossas novas trajetórias.

(Pedro Loeher é um estudante brasileiro que atualmente estuda História da China na Universidade do Sudoeste, em Chongqing.)

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