"A nossa rela??o de 50 anos de coopera??o China-Mo?ambique continua a ser uma excelente rela??o e cada vez mais crescente", afirmou o presidente mo?ambicano, Daniel Chapo, em uma recente entrevista ao China Media Group.
Chapo destacou os 50 anos de amizade, que coincidem com o 50o aniversário de independência do país, como um marco histórico.
Segundo ele, as rela??es diplomáticas entre os dois países come?aram ainda durante a luta pela liberta??o nacional e, desde a independência formal em 1975, se mantêm excelentes, consolidadas e em crescimento.
Chapo aproveitou a ocasi?o para agradecer ao povo e ao governo da China, reafirmando o compromisso de continuar a fortalecer a coopera??o em áreas econ?mica, social, cultural, ambiental e esportiva.
Tendo visitado a China por sete vezes, o presidente destacou sua primeira viagem às zonas econ?micas especiais da China.
"Na altura, estavamos a fazer a Zona Econ?mica Especial de Nacala. é a primeira zona econ?mica especial de Mo?ambique", relembrou ele. "Foi um país que muito aprendeu com a China (sobre) as zonas econ?micas especiais: como é que elas surgiram, e como é que elas rapidamente se desenvolveram."
Ele destacou que cidades como Shenzhen, antes pequenas aldeias de pescadores, se transformaram em grandes zonas industriais e comerciais, servindo de referência para a implementa??o de zonas econ?micas especiais em Mo?ambique.
Entre os projetos emblemáticos da parceria bilateral, o presidente ressaltou a ponte Maputo-Katembe. A constru??o promove oportunidades econ?micas, estimula o desenvolvimento urbano e industrial e influencia o mercado imobiliário local, representando um marco estrutural e simbólico da rela??o entre os dois países, indicou ele.
"Nós gostaríamos realmente de continuar a fazer mais projetos", manifestou ele. "Achamos que, sem dúvidas, fazendo mais infraestrutura, sobretudo a Estrada Nacional n.o1, Mo?ambique vai se desenvolver rapidamente", indicou.
Na área agrícola, a coopera??o sino-mo?ambicana, como investimentos, tecnologia e transferência de know-how, contribuiu para o aumento da produtividade e da seguran?a alimentar. A produ??o de arroz de Mo?ambique, por exemplo, aumentou de 1,5 a 2 toneladas por hectare para 5 a 7 toneladas por hectare, com a ajuda de especialistas agrícolas da China.
Ao mesmo tempo, projetos de agricultura inteligente contribuem para a moderniza??o agrícola do país. Sistemas de monitoramento de desastres capazes de detectar amea?as potenciais como secas e inunda??es, juntamente com drones para levantamento de campo e gest?o sustentável da terra, representam uma nova dire??o na coopera??o agrícola entre a China e Mo?ambique.
O presidente também abordou a estratégia de desenvolvimento da economia azul. A diversifica??o econ?mica é considerada essencial para o desenvolvimento sustentável de Mo?ambique. Segundo ele, é imperativo que o país n?o apenas deixe de depender exclusivamente da explora??o de recursos naturais, mas também diversifique a sua economia, investindo ativamente no desenvolvimento da agricultura, do turismo e da produ??o de energia renovável.
Ele elogiou altamente o conceito chinês de "duas montanhas". "Eu concordo plenamente com a vis?o", manifestou o presidente,"e outros países do mundo também deviam seguir esta vis?o para conservar a natureza."
A coopera??o na área da saúde também é histórica. Médicos chineses atuam em Mo?ambique desde 1976 e participaram ativamente no enfrentamento da pandemia de COVID-19, fornecendo equipamentos, insumos e assistência técnica. "A China foi um dos países que mais apoiaram Mo?ambique, queria aproveitar esta ocasi?o para agradecer o povo chinês."
O país planeja, em breve, a constru??o de um dos maiores centros cirúrgicos da áfrica. Em sua opini?o, o projeto será "a nossa excelente coopera??o na área de saúde. Vai ser uma referência em nível de regi?o, da áfrica, mas também em nível de continente africano".
Chapo elogiou as iniciativas propostas pela China como Iniciativa de Desenvolvimento Global, Iniciativa de Seguran?a Global e Iniciativa de Civiliza??o Global, que refor?am a importancia da coopera??o internacional, da paz e da harmonia entre povos. Essas políticas s?o vistas como essenciais para um mundo mais equitativo e multipolar, que "vale a pena, todos nós, ouvirmos, estarmos atentos e podermos trabalhar nesse sentido."