O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, declarou no dia 23, em declara??es à imprensa em S?o Paulo, que a decis?o dos Estados Unidos de aumentar as tarifas sobre produtos brasileiros — especialmente sobre commodities — só resultará em prejuízo para o próprio país.
Haddad ressaltou que as principais vítimas dessa medida ser?o os consumidores norte-americanos. “Essa decis?o foi tomada sem reflex?o e o aumento de tarifas sobre commodities n?o faz o menor sentido — apenas tornará as refei??es diárias dos americanos mais caras”.
Ele afirmou que, embora a eleva??o das tarifas pelos EUA tenha de fato causado impactos em alguns setores da economia brasileira, o governo reagiu rapidamente e já elaborou um plano emergencial para apoiar as empresas nacionais. Haddad revelou que, atualmente, dois ter?os das exporta??es brasileiras n?o foram afetadas pelas novas tarifas, e mais da metade das commodities atingidas já foram redirecionadas para outros mercados.
Haddad enfatizou que o aumento tarifário dos Estados Unidos se baseia em informa??es falsas e constitui uma interferência indevida nos assuntos do Brasil, sem qualquer fundamento político ou econ?mico.
Recentemente, os EUA impuseram uma tarifa ad valorem de 40% sobre produtos brasileiros exportados para o país, com a maioria dos itens enfrentando tarifas de até 50%. Ao mesmo tempo, Washington também criticou abertamente o processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, provocando forte insatisfa??o do governo e da opini?o pública brasileira.
Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou, em agosto, o lan?amento do “Plano Brasil Soberano”, que inclui diversas medidas para enfrentar o impacto das tarifas norte-americanas e incentivar investimentos em setores estratégicos, a fim de garantir o desenvolvimento econ?mico do país.