
A primeira Cúpula Bienal por uma Economia Global Sustentável, Inclusiva e Resiliente foi realizada na sede da Organiza??o das Na??es Unidas (ONU), em Nova York, na quarta-feira (24), com foco no financiamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e na reforma do sistema financeiro internacional.
Representantes de Estados-membros e organiza??es internacionais pediram a reforma da estrutura financeira global, a prática do multilateralismo e o fortalecimento da voz dos países em desenvolvimento.
Em seu discurso de abertura, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que, para enfrentar os desafios que o mundo enfrenta hoje, a arquitetura financeira internacional precisa ser reformada.
Annalena Baerbock, presidente da 80a Assembleia Geral da ONU, afirmou na cúpula que, com um déficit de financiamento de mais de US$ 4 trilh?es para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a ONU fez recomenda??es muito claras para a reforma financeira internacional, incluindo a concess?o de maior representa??o aos países em desenvolvimento nas institui??es financeiras internacionais.
Lok Bahadur Thapa, presidente do Conselho Econ?mico e Social da ONU, acredita que esta cúpula visa fortalecer a conex?o sistemática entre a ONU e as institui??es financeiras internacionais. As disputas comerciais globais est?o minando a confian?a das pessoas no sistema multilateral de comércio, acrescentou.
Kristalina Georgieva, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, acredita que o sistema econ?mico global está passando por reestrutura??es. Ela afirmou que, até 2030, a dívida pública global como propor??o do PIB deverá se aproximar de 100%, e muitos países perder?o seu espa?o fiscal. Portanto, reformas estruturais s?o necessárias para liberar mais poder de investimento do setor privado.
Matamela Cyril Ramaphosa, presidente da áfrica do Sul, apelou à Uni?o Africana, ao G20, às institui??es financeiras internacionais e a outros organismos financeiros globais para que se coordenem ativamente. Ele afirmou que as regras globais devem ser formuladas em conjunto por todos os Estados-membros, e n?o apenas por alguns, e que o compromisso de "garantir que ninguém seja deixado para trás e que nenhum país seja deixado para trás" deve ser cumprido.